CTT valorizam mais de 15% em dois dias. Segue-se semana de menos mexidas nas bolsas
A bolsa de Lisboa registou uma descida de 0,23% no índice PSI, na passada sexta-feira, até aos 6.276 pontos. A valorização dos CTT marcou as duas últimas sessões da semana em Lisboa, ao passo que a Novo Nordisk foi o foco dos mercados europeus, no fecho da semana.
Depois de uma subida superior a 10% na quinta-feira, as ações dos CTT voltaram a liderar o os ganhos no índice de referência e subiram 4,26%. Em causa está um disparo próximo de 15,2% desde o fecho de quarta (em 4,68 euros) e o fecho de sexta-feira (nos 5,39 euros).
A valorização está diretamente associada ao negócio dos Correios de Portugal com a DHL, que vai permitir criar um gigante do e-commerce ibérico, ao passo que o volume de faturação da empresa deverá bater os mil milhões de euros. Tudo somado, os mercados ganharam uma confiança tal que houve um acréscimo fortemente acentuado na procura por ações da cotada.
Em simultâneo, a Navigator avançou 2,23% e alcançou os 3,48 euros, ao passo que a Altri ganhou 0,78%, para 5,20 euros. Por outro lado, a EDP Renováveis encaixou 1,50%, até aos 9,50 euros, ao passo que a Galp se adiantou 0,84%, para 16,51 euros por título.
Entre as praças internacionais o setor farmacêutico estava no topo das desilusões, conduzido por uma forte queda da Novo Nordisk, na ordem de 20,72%. A empresa divulgou os resultados dos primeiros testes realizados a um medicamento lançado para fazer face a situações de obesidade e os números desiludiram. O CagriSema ajudou os primeiros pacientes a perderem em média 22,7% do seu peso, abaixo da expetativa de 25% que havia sido apontada pela empresa.
Também entre os mais importantes índices europeus houve sentimento negativo, com quedas de 0,54% na Alemanha, 0,38% no índice agregado Euro Stoxx 50, 0,30% no Reino Unido, 0,27% em França e 0,19% em Itália. Em sentido contrário ficou Espanha, ao somar 0,20%.
Esta segunda-feira os mercados vão estar mais parados, com o volume de transações a ser mais ligeiro, como é habitual nas duas últimas semanas de cada ano. De resto, a tendência ficará ainda mais evidente ao longo da semana, com a época natalícia e o aproximar do fim do ano.
