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Custos com benefícios de saúde vão aumentar 8% em 2021 a nível global

Estudo da Willis Towers Watson conclui que a utilização de seguros no próximo ano atinja os níveis de 2019, levando a um aumento dos custos de saúde à escala mundial. Doenças mentais estarão entre as condições mais comuns a afetar os custos e entre as três mais caras nos próximos 18 meses.
11 Novembro 2020, 11h34

Os custos com os benefícios de saúde suportados pelas empresas vão aumentar 8% no próximo ano, a nível global, segundo um estudo da Willis Towers Watson, uma consultora.

O aumento dos custos com benefícios de saúde patrocinados pelas empresas no próximo ano surge na sequência do impacto da Covid-19 na utilização de cuidados de saúde e nos custos gerais e no adiamento de tratamentos, consultas médicas e exames.

As 287 seguradoras médicas em 76 países que participaram no estudo “2021 Global Medical Trends Survey” prevêem que os custos com benefícios de saúde vão recuperar 8,1% no próximo ano, a nível global, depois de caírem  5,1% em 2020 por causa da pandemia.

Trata-se, pois, de uma correção dos custos prevista para 2021, esperando-se que a utilização dos seguros de saúde atinja os níveis registados em 2019, levando a que, na Europa, se preveja uma recuperação dos custos com benefícios de saúde de 13,6%.

Miguel Albuquerque, , health & benefits director na Willis Towers Watson Portugal, citado em comunicado, afirmou que “a pandemia provocou uma queda acentuada em cirurgias não urgentes e nos tratamentos e consultas”.

O mesmo responsável adiantou que “vai continuar a sentir-se um clima de incerteza à volta dos benefícios de saúde, à medida que começamos a ver o verdadeiro impacto dos tratamentos adiados em 2020 e os efeitos de longo prazo sobre aqueles que contraíram Covid-19”.

Miguel Albuquerque, antecipa “uma volatilidade significativa” nos resultados das seguradoras no próximo ano” devido à incerteza sobre a disponibilidade de uma vacina contra o novo coronavírus assim como sobre a repartição dos custos dos testes à Covid-19 entre os governos, as empresas e as seguradoras.

As seguradoras inquiridas responderam que o cancro, as doenças cardiovasculares e as doenças que afetam o tecido musculoesquelético e conjuntivo constituem as três principais condições com mais impacto nos custos médicos. Além disso, 40% das seguradoras estimam que as doenças mentais estarão entre as condições mais comuns a afetar os custos com benefícios de saúde e entre as três mais caras nos próximos 18 meses.

 

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