No próximo ano os portugueses podem ter um aumento de 10% nos custos com os planos de saúde, estimando-se um aumento de 3% face ao ano anterior, de acordo com o estudo ‘2024 Global Medical Trend Rates Report’, apresentado pela empresa Aon.
Segundo o estudo, estima-se que as empresas alcancem a barreira dos dois dígitos com os custos dos planos de saúde, uma vez que as incertezas sobre a inflação e a instabilidade macroeconómica mundial vão continuar. Em Portugal este aumento deve rondar os 10%, já a nível mundial o crescimento deve fixar-se nos 10,1%.
O estudo revela que em Portugal as tendências ao nível de coberturas nos planos de saúde passam pelas de hospitalização, serviços clínicos de laboratório e análises clínicas, estomatologia e oftalmologia, tendências que se mantém alteradas face ao ano passado, e que representam os serviços do Serviço Nacional de Saúde (SNS) onde existe menos apoio.
Segundo dados das Nações Unidas, Portugal é o quarto país do mundo mais envelhecido, devido à falta de rastreio médico, às condições genéticas, a dificuldades na gestão do stress e da tensão arterial elevada.
As doenças cancerígenas são as patologias que mais contribuem para os custos mais elevados dos planos de saúde empresariais, juntamente com as condições cardiovasculares, que segundo a Organização Mundial de Saúde são responsáveis por quase 18 milhões de mortes por ano. Em Portugal a estas patologias juntam-se os diabetes, saúde mental e doenças musculoesqueléticas e de costas.
Numa análise mais global, o estudo conclui que os aumentos nos custos de saúde foram uma tendência global, tendo a Europa registado uma subida de 9,1% para 10,4% e a América do Norte de 6,6% para 7,6%.
Rita Silva, Senior Associate em HR Solutions da Aon Portugal, afirma que “temos vindo a assistir a um aumento dos custos com os planos de saúde para as empresas e 2024 não será exceção. A instabilidade macroeconómica mundial é um dos fatores a ter em conta, mas não é o único a impactar esta subida, que naturalmente traz um desafio acrescido para as empresas. De forma a atenuar estes aumentos, as organizações estão a procurar implementar programas de saúde e bem-estar numa perspetiva de prevenção incluindo: check-ups regulares, programas de nutrição, literacia para o bem-estar, programas de incentivos (gamification), programas de cessação tabágica”.
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