A atual situação provocada pela pandemia veio alterar em muito as nossas rotinas. O trabalho parlamentar não foi diferente, com uma sessão legislativa que ficou marcada por uma necessidade de responder com legislação e eficácia aos impactos económicos, sociais e financeiros da Covid-19. Depressa se percebeu que eram necessárias medidas urgentes e justas para um conjunto alargado de setores da economia que asfixiaria caso as mesmas não fossem implementadas. A uma crise de saúde não se poderia adicionar uma crise económica.
Foi necessário, por isso, encontrar um conjunto de respostas de modo a que ninguém ficasse para trás e fosse possível mitigar os efeitos que, seguramente, ficarão visíveis por vários anos. Falamos de um “tsunami”, sobretudo económico e social, que deixou marcas em todo o mundo e Portugal não foi exceção. Para além deste aspeto, tudo foi feito para que estas medidas tratassem todos os setores com equidade e, simultaneamente, permitissem a resiliência e o restabelecer da confiança.
No contexto desse trabalho parlamentar, sublinho a necessidade de se procurarem consensos e de se garantir que ninguém seja deixado de fora. Um dos exemplos do trabalho desenvolvido neste sentido e que gostaria de realçar foi o regime de apoio à retoma e a dinamização dos feirantes e das empresas de diversão. Trata-se de um setor que, à semelhança de outros, teve que suspender totalmente a sua atividade pelo que necessitava de apoios e medidas extraordinárias, com vista à manutenção da sustentabilidade económica de quem nele trabalha.
Esta legislação acabou por ser vinculada na Lei nº 34/2010 e resultou de um trabalho sério na especialidade, onde foi possível encontrar as linhas de apoio certas, nomeadamente em colaboração com a histórica associação representativa do setor, a APED – Associação Portuguesa de Empresas de Diversão. Juntos, trabalhamos para a solução.
Já no que diz respeito ao setor do Comércio e Serviços, importa neste momento dar também uma palavra de confiança e tentar encontrar soluções viáveis nesta pandemia, nomeadamente através da modernização e informatização crescente. A tecnologia é uma aliada. O mundo mudou e é importante que as empresas acompanhem cada vez mais a transição digital, otimizando processos, a forma como atendem o consumidor, e também o modo como escoam o produto.
Por exemplo, são cada vez em maior número as empresas que apostam no marketing digital e recorrem às vendas online através de novas plataformas tecnológicas. A pandemia trouxe a dificuldade, mas também evidenciou a capacidade de resiliência dos empresários portugueses que souberam fazer das dificuldades janelas de oportunidade.
E como estamos no mês de agosto quero desejar, a quem tenha férias este ano, que aproveite para as gozar em Portugal ajudando deste modo a alavancar a economia nacional, enquanto aproveita o melhor destino do mundo, premiado internacionalmente. O turismo tem uma importância vital na nossa economia e o mercado interno deve ser neste momento a aposta para que este setor que tanto fez pelo crescimento económico do nosso país tenha futuro. Temos o melhor destino de turismo entre portas. É saber aproveitar.