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Da Sword Health à ComparaJá. As 25 maiores scale-ups portuguesas de 2020

O top deste ano arrecadou, em conjunto, um total de 117.818.347 euros em financiamento. O mais recente relatório “Scaleup Portugal”, elaborado pela BGI e EIT Digital, aponta uma “lacuna entre as corporate e o ecossistema de startups”.
26 Novembro 2020, 12h30

A Sword Health, a Utrust e a Platforme são três maiores scale-ups – startups fundadas há menos de cinco anos que crescem a dois dígitos em número de trabalhadores ou de faturação – de Portugal em 2020, de acordo com o relatório anual “Scaleup Portugal”, divulgado esta quinta-feira.

O ranking é ainda composto pela GowithFlow, Iportwine, Forall Phones, Undandy, Dashdash, Huub, Barkyn, Ophiomics, Agroinsider, Didimo, Infraspeak, Magnifinance, Hypelabs, Findster, Trigger Systems, Advertio, Tonic App, Valispace, Eat Tasty, Air Courts, Loqr e ComparaJá.

O “Scaleup Portugal” faz, todos os anos, uma análise do ecossistema de empreendedorismo português. A edição de 2020 concluiu que estas 25 startups arrecadaram, em conjunto, um total de 117.818.347 euros e geraram receitas de 113.400.658 euros desde que foram criadas – ou seja, no máximo de cinco anos.

A análise tem como base o capital total levantado, as receitas totais, a relação entre o capital e a receita, os empregos criados e o time-to-market – tempo que um produto/serviço seja concebido até ficar disponível para venda – de empresas que foram fundadas entre 2015 e 2020.

Ao contrário do que tem vindo a acontecer nos últimos três anos, as empresas que operam na indústria do consumo e web foram as mais representadas na tabela (44%), segundo o estudo elaborado pela aceleradora Building Global Innovators (BGI) em parceria com o EIT Digital, uma das entidades do Instituto Europeu de Inovação e Tecnologia.

Em relação aos investidores neste grupo de 25, são os portugueses que têm maior representatividade (36%), seguindo-se financiadores de outros Estados-membros da União Europeia, como a Alemanha.

Aliás, também a disparidade entre as fontes de financiamento nacionais e estrangeiras está a diminuir, pois fixou-se este ano nos 19,2%, quando em 2019 havia sido de 75% e em 2018 49,3%, o que, na visão dos autores, significa uma “maturidade crescente do ecossistema de startups português”.

Porém, observa-se uma lacuna no financiamento em estágio inicial (early-stage), que é reforçada pela baixa representação de fundos pré-seed e business angels.

“A participação dos investidores-anjo (business angels) (17,1%) parece ser elevada, embora as suas contribuições de financiamento (0,13%) sejam insignificantes. Além disso, a participação de empresas e fundos de fundos parece ser baixa, enquanto a de aceleradoras e incubadoras é relativamente significativa. Isso indica a importância dos aceleradores e incubadoras para o ecossistema e destaca a lacuna entre as corporate e o ecossistema de startups”, lê-se no relatório.

Quanto à educação dos fundadores destas scale-ups, denota-se uma alta qualificação: a maioria tem, pelo menos, um mestrado. “Esta observação sublinha o facto de os fundadores portugueses terem uma boa formação. A maioria dos fundadores do top 25 frequentou a Universidade do Porto (32,56%), seguindo-se a Universidade de Aveiro (11,63%) e a Universidade do Minho (9,30%)”, conclui a BGI e o EIT Digital.

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