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“Da Weasel – A História”, homenagem à “Doninha” em forma de exposição

“Podes fugir mas não te podes esconder”, nome do álbum gravado em 2001, poderia ser o mote da exposição que o Almada Forum recebe de 5 de junho a 16 de julho. “Da Weasel – A História” não esconde nada, recupera e mostra o percurso desta emblemática banda portuguesa.
24 Maio 2023, 15h00

30 anos passaram desde que surgiu a banda Da Weasel, em 1993. O Almada Forum vai receber a exposição “Da Weasel – A História” de 5 de junho e 16 de julho para assinalar o ano redondo de uma das bandas portuguesas mais acarinhadas pelo público, e o regresso a casa da “Doninha”.

A exposição reúne objetos e materiais icónicos dos Da Weasel, nunca expostos anteriormente, e que habitaram os muitos momentos da banda, desde a sua génese no quarto dos irmãos João e Carlos Nobre, passando pela Tour 1996/97, a icónica garagem do Zé da Cadela, os Festivais de 2001, o concerto no Pavilhão Atlântico, o último álbum de originais “Amor, Escárnio e Maldizer”, até ao já mítico regresso no NOS Alive em 2022.

Um percurso para (re)descobrir esta banda hip hop portuguesa, formada em 1993 por Pacman (Carlos Nobre), Armando Teixeira, Jay Jay Neige (João Nobre) e Yen Sung. Começaram por cantar em inglês no seu primeiro registo, em 1994, uma maqueta com o tema “Da King (Monkey Version)”, que passou na já extinta rádio XFM, e que os catapultou para a cena musical nacional. O êxito alcançado permitiu-lhes lançar, ainda nesse ano, o EP “More than 30 motherf****s”, que guindou o tema “God Bless Johnny” num dos maiores sucessos dos Da Weasel.

O muito aguardado primeiro disco da banda “Dou-lhe com a alma”, considerado o primeiro álbum hip hop da autoria de uma banda portuguesa, surge em 1995 e assinala uma viragem: o português passa a ser a língua dominante, em detrimento do inglês.

A prova de fogo da banda dá pelo nome “3.º Capítulo”, editado pela EMI em 1997, onde Pacman se revelou como letrista, assinando um álbum assumidamente rap, de grande pessimismo, que conquistou o público português com o tema “Todagente”, ainda hoje um dos temas mais simbólicos do grupo. Não estiveram sós neste álbum. Sam The Kid, Sanrise, Fernanda Freitas, João Gomes, Laurent Filipe e Sinde Filipe foram convidados a participar neste brainstorming musical.

À saída de Yen Sung, o único elemento feminino da banda, corresponde a entrada de Vírgul, que participa em “Iniciação a uma vida banal – o manual”, o terceiro álbum de originais do grupo lançado em 1999. A crítica aplaudiu, o público adorou. Com este álbum, os Da Weasel regressam aos palcos e atiram para trás das costas o pessimismo que caracterizava as suas músicas.

Em dezembro de 2001 gravam um novo álbum de originais, “Podes fugir mas não te podes esconder”. Sem abdicar das raízes do hip-hop, o tema “Tás na Boa”, não só imprimiu à banda uma sonoridade mais rock, como serviu de mote à campanha de lançamento da rádio Nova Antena 3.

Os concertos levaram-nos a percorrer todo o país, até regressarem a estúdio para gravar “Re-Definições”, em 2004, que lhes valeu vários prémios, entre discos de platina, dois Globos de Ouro para a melhor música e melhor grupo, o prémio Best Portuguese Act da MTV, entre outros.

Em 2009, a banda de Almada anunciou que iria fazer uma pausa no projeto, depois de anos consecutivos de concertos e gravações discográficas. No ano seguinte, volvidos 17 anos, a banda anunciou oficialmente o fim. Passados 12 anos, os seis elementos dos Da Weasel – Jay, Pacman (Carlão), Virgul, Guilhas, Quaresma e DJ Glue –, sobem ao palco principal do Passeio Marítimo de Algés, para assinalar no NOS Alive o comeback da banda.

Agora, a exposição “Da Weasel – A História”, no Almada Forum, oferece ao público uma viagem pelo percurso e bastidores da “Doninha”.

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