A empresária e engenheira portuguesa Daniela Braga entrou esta quinta-feira num debate da Organização das Nações Unidas (ONU) através de um holograma. Como o assunto era Inteligência Artificial (IA), a fundadora e CEO da tecnológica Defined.ai optou por “aparecer” através dessa técnica computacional que dá a sensação de tridimensionalidade – e a ideia de que a pessoa está mesmo ali.
A partir da capital dos Estados Unidos, Washington, Daniela Braga interveio num fórum de inovação organizado pela Food and Agriculture Organization (FAO) – que pertence à Organização das Nações Unidas (ONU) – em Itália, onde estão (mesmo) decisores políticos globais, cientistas e especialistas na indústria agroalimentar. O que pretendeu foi dar um exemplo concreto do poder da tecnologia para transcender fronteiras. Então, utilizou um sistema de holograma criado pela empresa Holoconnects.
A empreendedora do Porto foi oradora no painel designado “IA inclusiva para impulsionar a transformação dos sistemas agroalimentares”, onde enfatizou o potencial da IA para revolucionar a agricultura, bem como a necessidade urgente de mais ética nestas aplicações. Porquê? “A agricultura é uma questão global e deveria ser uma preocupação global. O mesmo acontece com a IA e o seu impacto na agricultura”, comparou a especialista.
No próximo mês, Daniela Braga voltará também a ser presença na Web Summit, em Lisboa. Nesta cimeira, a intervenção será feita sem recurso a holograma, confirmou ao Jornal Económico fonte oficial da Defined.ai.
A sessão desta tarde, moderada pelo diretor do grupo Matter, Dan Newman, incluiu também o diretor-geral da FAO, QU Dongyu, bem como Carol Zavaleta-Cortijo, copresidente da Rede de Observatórios dos Povos Indígenas, Eric Salobir, presidente da Fundação de Tecnologia Humana, e Greet Maenhout, representante da Comissão Europeia, debateram o tema num painel de discussão, moderado por Dan Newman, Diretor do Matter Group. A Dra. Braga interagiu com os seus colegas remotamente através de um holograma,
“A IA tem um imenso potencial para transformar os sistemas agroalimentares, mas deve ser governada de forma responsável e inclusiva para beneficiar verdadeiramente todos. A boa governança é fundamental para garantir que a IA reduz a divisão de género, capacita as comunidades marginalizadas e promove a prosperidade para todos, não deixando ninguém para trás”, afirmou o diretor de Inovação da FAO, Vincent Martin.
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