A Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica (UNC3T) da Polícia Judiciária (PJ) desencadeou esta quarta-feira uma operação nacional de combate ao streaming ilegal, que culminou na detenção de nove pessoas pela prática dos crimes de burla informática, falsidade informática, acesso ilegítimo, fraude fiscal, branqueamento e associação criminosa.
Em comunicado, a PJ acrescenta que se tratam de seis homens e três mulheres, com idades entre os 35 e 55 anos. Além dos detidos, “foram ainda constituídos mais dois arguidos” no âmbito da operação “Dark Stream” que levou a nove buscas domiciliárias e quatro não domiciliárias.
“Uma das detenções ocorreu em flagrante delito por posse de diversos tipos de armas de fogo ilegal”, adianta a PJ.
A operação da UNC3T levou à apreensão de “diverso material probatório da atividade criminosa, nomeadamente, seis bastidores de servidores e diverso outro material informático de suporte à atividade criminosa”. Acresce o saldo de contas bancárias, cerca de oito mil euros em numerário e um automóvel.
O mesmo comunicado refere que a investigação, que levou à operação “Dark Stream”, iniciou-se em 2019. Desde então foram “recolhidos elementos probatórios relevantes para o desmantelamento desta estrutura criminosa, que se dedicava à partilha de acesso ilícito a conteúdos televisivos através do serviço de streaming por IPTV”.
A rede criminosa divulgava na internet o acesso condicionado a serviços de televisão e em troca “recebiam quantias fixas de centenas de aderentes”, o que permitia auferir “lucros significativos com esta atividade ilícita”. As autoridades estimam que esta rede criminosa causou um prejuízo de cerca de 500 mil euros ao operador detentor dos direitos de difusão dos conteúdos.
“Os detidos irão ser presentes às autoridades judiciárias competentes para efeitos de aplicação das medidas de coação tidas por adequadas”, lê-se.
A operação “Dark Stream” foi levada a cabo pela UNC3T da PJ, que teve o apoio da Diretoria do Norte, Diretoria do Sul, Unidade Local de Évora, Unidade de Perícia Tecnológica e Informática, e ainda do Corpo de Operações Especiais da GNR, em investigação titulada pelo Departamento de Investigação e Ação Penal de Sintra.
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