A eleição de Donald Trump nas presidenciais norte-americanas pode ter impacto em várias indústrias europeias, nomeadamente no setor automóvel, sobretudo se avançar com as prometidas tarifas sobre os produtos chineses, mas também sobre o resto do mundo.
“Embora haja alguma recuperação desde a pandemia de Covid-19 e a invasão da Rússia à Ucrânia, o crescimento das receitas [das empresas] mantém-se fraco”, escreve a DBRS numa nota enviada esta segunda-feira, frisando que a eleição de Donald Trump e a perspetiva de impor novas tarifas não vão contribuir positivamente para esta evolução.
“É muito difícil prever quem será afetado e de que forma, mas será certamente um ambiente mais difícil para as indústrias automóvel e farmacêutica. Também esperamos que haja mais problemas nas cadeias de distribuição de produtos químicos e petróleo e gás”, afirma Anke Rindermann, diretor-geral da Morningstar DBRS.
“As indústrias que enfrentam desafios na Europa incluem o setor automóvel, numa altura em que há empresas a considerar fechar fábricas na região e em que a adoção de veículos elétricos perde força”, refere, por outro lado, Amaury Baudouin, vice-presidente sénior da DBRS.
De acordo com o responsável, os lucros desta indústria devem manter a tendência negativa em 2025, ressalvando, no entanto, que esta descida acontece depois de alcançarem máximos em 2023.
A “China representa outro risco geopolítico para a perspetiva do setor empresarial europeu”, indica também a agência de notação, uma vez que o “país é um fornecedor chave para a transição energética e há uma incerteza em torno de uma potencial invasão de Taiwan, o que pode resultar numa recessão global e afetar os vários setores de uma forma nunca antes vista”.
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