A agência de ‘rating’ DBRS manteve os ‘ratings’ do BCP e da Caixa Geral de Depósitos (CGD), tendo também reiterado que a tendência para as duas instituições se mantém negativa, de acordo com dois comunicados divulgados na sexta-feira.
No caso do BCP, a entidade confirmou o ‘rating’ de BBB (baixo) na vertente de emissor de longo prazo e de R-2 (alto) no que diz respeito às emissões de curto prazo. Os depósitos do banco foram mantidos como BBB/R-2 (alto) e a “tendência nos ‘ratings’ continua negativa”, indicou a DBRS.
Para a CGD, a agência manteve também uma notação de BBB na vertente de emissor de longo prazo e de R-2 (alto) nas emissões de curto prazo. Já os depósitos foram mantidos em BBB (alto)/R-1 (baixo). A tendência, também neste caso, mantém-se negativa.
Segundo a DBRS, no caso do BCP a manutenção dos ‘ratings’ tem em conta a rede estável e a solidez do financiamento do banco, bem como a existência de almofadas moderadas de capital. Ainda assim, a agência manteve a tendência negativa devido “à incerteza contínua e perturbações económicas devido à pandemia de covid-19” que podem afetar a rentabilidade e qualidade dos ativos do banco.
A agência alertou ainda para os riscos “legais e financeiros” que o banco enfrenta devido a empréstimos na sua subsidiária polaca.
Para a CGD, a DBRS sublinha “posição sólida de financiamento e capital” e o progresso na redução do crédito malparado. No entanto, tal como no BCP, a agência manteve a tendência negativa devido aos riscos do impacto da covid-19.
Além disso, a agência diz que há riscos gerados pelo atual contexto para o banco público no que diz respeito às receitas, alertando ainda para a possibilidade do aumento do crédito malparado e dos custos com imparidades.
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