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DBRS: Moratórias representam 22% da carteira de crédito bruto do BCP, Novo Banco e Montepio

Comentário da DBRS revela que a percentagem das moratórias na carteira de crédito bruto do Millennium bcp, Novo Banco e Banco Montepio atinge os 22%, o que é a proporção mais elevada entre 45 instituições financeiras europeias analisadas.
15 Outubro 2020, 11h16

As moratórias concedidas pelo Millennium bcp, o Novo Banco e o Banco Montepio representam cerca de um quinto da carteira de crédito bruto destas três instituições financeiras. Segundo a agência de notação DBRS a percentagem das moratórias na carteira de crédito da banca nacional — formada aqui apenas por estes três bancos — atinge os 22%, o que é a proporção mais elevada entre as 45 instituições financeiras europeias analisadas.

A DBRS publicou esta quinta-feira o comentário “European Bank Moratoria: Short-Term Relief Only” (ou, traduzindo livremente, “Moratórias na Banca Europeia: Apenas um Alívio de Curto-Prazo”) e revelou que os bancos em Portugal “têm a maior proporção de moratórias concedidas por crédito bruto entre os bancos analisados, representando cerca de 22% da carteira total de crédito”, até ao final de junho de 2020.

Neste capítulo, depois da banca nacional, surge a banca irlandesa, com um rácio de 13,4%, sendo que a média europeia está entre 8% e 9%.

Entre as 45 instituições financeiras compreendidas neste comentário, além dos bancos portugueses e irlandeses, estão as instituições de crédito do Reino Unido, Itália, Espanha, França, Bélgica, Finlândia, Holanda, Suécia e Alemanha.

A DBRS apenas faz ações de rating ao BCP, Novo Banco e Banco Montepio, pelo que foram estas instituições de crédito financeiras nacionais tidas em conta no comentário.

A agência de notação assinalou ainda que Portugal está entre os países que concederam a maior porção de moratórias de longo-prazo, que expiram em 2021, que representam 75%  do total ou 15,5 mil milhões de euros.

Bancos ingleses e espanhóis concederam mais moratórias

No agregado, até ao final de junho de 2020, as moratórias concedidas pelos 45 bancos europeus representaram 851 mil milhões de euros ou 7% da carteira de crédito bruto.

As moratórias concedidas pelos bancos britânicos — Barclays, HSBC e Lloyd’s — e bancos espanhóis — BBVA, Sabadell, Banco Santander, Bankinter, Caixabank, Cajamar, Liberbank e Abanca — representam a maior fatia do volume de moratórias total concedido pelas 45 instituições de crédito financeiras, com um peso de 29% e 22%, respectivamente.

Neste critério, a banca nacional surge na oitava posição, atrás da banca francesa, italiana holandesa, alemã e irlandesa.

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