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De Coimbra para o mundo. Solução informática defende património natural e cultural

Equipa da Universidade de Coimbra vence competição internacional com solução de monitorização de eventos que podem colocar em risco o património baseada em dados de satélite gratuito.
22 Junho 2020, 15h23

O desafio consistia em desenvolver soluções para “ajudar a gerir, salvaguardar e monitorizar o património natural e cultural com recurso a dados de satélite dos programas “Copernicus” e “Galileo”. A equipa da Universidade de Coimbra respondeu com o projeto “ARCHER – Heritage Surveillance and Monitoring”. No final, Ricardo Cabral, Martino Correia, Steffan Davies e Tiago Cordeiro arrebataram a primeira competição internacional “Copernicus Hackathon Cork” dedicada ao património natural e cultural.

Os investigadores de Coimbra conceberam uma solução de monitorização de riscos múltiplos, que usa “dados de satélite, atualizados semanalmente, para deteção da ação de eventos que poderão pôr em risco o património, como por exemplo, o abatimento dos solos, deslizamentos, erosão eólica e hídrica, inundações costeiras e fluviais, bem como atividades de natureza antrópica”.

“Tendo em conta as previsões atuais da evolução das alterações climáticas, cremos que as ferramentas da plataforma ARCHER serão indispensáveis para monitorizar e proteger o património com a maior eficácia possível”, explicam os mentores do projeto.

A plataforma está atualmente na fase final dos testes de demonstração, tendo já sido desenvolvidos projetos-piloto com as Direções Regionais de Cultura do Alentejo e Algarve.

O prémio “Copernicus” é atribuído pelo Programa Europeu para a Observação da Terra, coordenado e gerido pela Comissão Europeia e pela Agência Espacial Europeia e traduz-se em 12 meses de incubação no programa “Copernicus Accelerator” e num vale de subscrição no valor de 1.200 euros para acesso ao repositório “OneAtlas” da Airbus.

É o reconhecimento internacional do esforço investido pela equipa numa tecnologia inovadora que pretende contribuir para a proteção do património. O desenvolvimento de projetos nesta área tecnológica por uma unidade de investigação em Humanidades é verdadeiramente extraordinário na Universidade de Coimbra, salientam os investigadores.

 

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