A impressão em 3D – ou manufatura aditiva – é uma tecnologia que está disponível desde a década de 1980. Contudo só se tem vindo a popularizar na última década, já que a variada gama de novos produtos de impressão em 3D (I3D) convenceu as empresas de que esta tecnologia poderia favorecê-las competitivamente. As empresas estão cada vez mais cientes de que a amplitude das tecnologias e materiais I3D oferece soluções para vários tipos de indústrias, em todo o mundo. No entanto, face a essa enorme variedade, muitas empresas não têm conhecimento e confiança para identificar a tecnologia, a aplicação e o uso adequados para as necessidades. Para muitas, essa incerteza limita a capacidade de quantificar os benefícios da tecnologia e incorporá-la em na visão estratégica.

O EY’s Global 3D Printing Report oferece uma avaliação abrangente dos níveis atuais de adoção da tecnologia e de tendências futuras prováveis, fornece uma visão multipartidária da indústria, considerando a experiência e a perspetiva de empresas que exploraram a tecnologia, complementadas por estudos de caso, bem como reflete a evolução dos fornecedores desta tecnologia. O estudo analisou as opiniões de 900 empresas de 12 países, obtendo informações sobre a prática atual e sobre desenvolvimentos futuros.

Da análise que a EY realizou, foi possível compreender que a I3D se tornará parte da produção por via de uma das seguintes três possíveis abordagens:

1) A manufatura aditiva poderá ser adotada como uma tecnologia adicional à que suporta o atual processo produtivo. Este é o cenário que é percecionado como mais provável, com 19% das empresas a terem a expetativa de utilizar a tecnologia I3D desta forma.

2) Alternativamente as tecnologias de I3D poderão ser combinadas com outras mais tradicionais numa forma híbrida de tecnologia. A Lockheed Martin (LM), por exemplo, tem um sistema composto por 3 braços robóticos: um para manufatura aditiva em metal, um segundo para medição ótica e o terceiro para moagem tradicional. Nenhum fornecedor de sistemas desenvolveu até ao momento uma solução híbrida convincente e é por essa razão que a LM, e outros, desenvolveram as próprias soluções. 15% das empresas acreditam que esta será a forma acertada de usar esta tecnologia.

3) Num terceiro cenário, a manufatura aditiva poderá substituir por completo métodos tradicionais. Esta mudança anunciaria os maiores impactos e disrupção para as empresas. Dados os desafios que esta tecnologia ainda enfrenta, no médio prazo pelo menos, esta é a abordagem menos provável. Apenas 12% das empresas consultadas esperam substituir a atual tecnologia de produção por I3D nos próximos 5 anos.