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Defesa em alta nos mercados em reação aos resultados eleitorais da Alemanha

O centro-direita alemão venceu as eleições e prometeu formar um governo com a maior brevidade possível. O futuro chanceler fez saber que planeia aumentar o investimento em Defesa e os mercados reagiram.
Kai Pfaffenbach/Reuters
25 Fevereiro 2025, 07h00

Os alemães foram às urnas no domingo e deram a vitória aos sociais-democratas da CDU, com 29%. A AfD ficou na segunda posição, com 20% dos votos, ao passo que o SPD caiu para 16%. A reação dos mercados foi conhecida durante esta segunda-feira, marcada por um ânimo particularmente expressivo na Rheinmetall que constrói automóveis e armas de guerra.

Em causa está uma subida de 0,62% no índice DAX, que se aproximou dos 22.426 pontos no fecho da sessão. Noutra vertente, as obrigações da dívida alemã a 10 anos subiram de forma significativa, na ordem de 0,79%.

O futuro chanceler já garantiu querer formar “rapidamente” uma coligação de governo, com o objetivo de começar a governar num período tão breve quanto possível. Neste capítulo, a vasta maioria dos analistas políticos aponta para uma coligação com o SPD.

Ao mesmo tempo, surgem relatos de que o próprio Friedrich Merz iniciou conversações tendo em vista o reforço do setor da Defesa por parte da Alemanha. Ora, os investidores reagiram e uma das grandes players do setor valorizou de forma expressiva.

Trata-se da Rheinmetall, que está cotada no DAX (índice de referência na bolsa de Frankfurt) e cujas ações deram um salto de 6,4%, renovando o máximo histórico alcançado na semana passada. A empresa fechou o dia com uma capitalização na ordem de 41,21 mil milhões de euros, até aos 951,4 euros por ação.

O valor equivale a uma subida de quase 118% nos últimos 12 meses, sendo que o ânimo dos investidores é particularmente notório em 2025, já que se registou uma subida de 54,8% na capitalização, face ao valor de fecho a 30 de dezembro (614,60 euros por título).

Entre as bolsas dos países vizinhos, a variação mais acentuada foi protagonizada pelo índice de referência da bolsa polaca, que contraiu 2,38%. Ao mesmo tempo, houve perdas de 0,78% no índice de referência de França, 0,60% na Chéquia e 0,34% nos Países Baixos. Por outro lado, houve subidas de 0,97% na Dinamarca, 0,81% na Áustria e 0,15% na Áustria e 0,04% na Bélgica.

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