[weglot_switcher]

Defesa: independência europeia também se faz “com negócios internos”

Instalar uma indústria de defesa é a resposta. Mas vai demorar décadas. Até lá, é preciso comprar na Europa, diz Carlos Branco.
1 Março 2025, 17h00

Entre 2021 e 2024, as despesas totais dos Estados-membros da União Europeia com a defesa aumentaram mais de 30 %. Em 2024, as despesas ascenderam a cerca de 326 mil milhões de euros, ou seja, perto de 1,9 % do PIB do bloco dos 27 – segundo dados publicados pela própria Comissão Europeia. Mas, ao mesmo tempo, os números indicam que os Estados europeus quase duplicaram as importações de armamento, principalmente ao nível das grandes armas – com mais de metade das compras a terem origem nos EUA. Cerca de 55% das importações de armas por parte dos Estados europeus em 2019-23 veio dos EUA, acima dos 35% em 2014-18.

O segredo da independência europeia em termos de defesa não passa apenas, como indicam todos os analistas, pelo aumento da despesa no setor, mas mais pela qualidade dessa despesa. Carlos Branco, major-general do exército português, não tem dúvidas: um dos segredos “é aumentar as compras internas, de que é um excelente exemplo” a aquisição por parte de Portugal de 36 veículos CAESAR de fabrico francês, disse em declarações ao JE.

O negócio, que pode ter ascendido aos 144 milhões de euros – a preços de mercado, os veículos (que transportam artilharia que dispara obuses de 155 mm), tem essa qualidade: aumenta por um lado a prontidão do exército português e desenvolve, por outro a indústria interna de defesa.

Conteúdo reservado a assinantes. Para ler a versão completa, aceda aqui ao JE Leitor

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.