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Defesa: Portugal deixa todos os anos por gastar 317 milhões do orçamento

Em média, entre o que está previsto e o que é executado, Portugal deixa por gastar 317 milhões de euros referente ao orçamento para a Defesa. No entanto, o Presidente da República quer reforçar esta verba e já pressiona o Governo para que haja mais dinheiro disponível para 2025.
9 Julho 2024, 08h24

Apesar de Portugal continuar longe de cumprir o objetivo estipulado pela NATO para que cada país dedique 2% do PIB para o orçamento da Defesa, o país consegue, de acordo com as contas do “Público” esta terça-feira, desperdiçar recursos que tem ao seu dispor.

De acordo com os cálculos apresentados pelo diário, em média e no que diz respeito à última década, Portugal desperdiçou 317 milhões de euros por ano do orçamento para a Defesa, sendo que em 2023 registou-se uma das maiores diferenças entre a verba que estava planeada e a que acabou por ser executada.

No mês passado, Marcelo Rebelo de Sousa convocou o Conselho de Estado, que se vai reunir a 15 de julho, dedicado ao tema da Defesa e em que o Presidente da República deverá dar ênfase junto do Governo, através do primeiro-ministro Luís Montenegro, para a necessidade de reforçar o orçamento da Defesa para 2025.

Esta segunda-feira, o chefe de Estado reuniu o Conselho Superior de Defesa Nacional e de acordo com nota deixa no site da Presidência da República, este órgão “deu parecer favorável, por unanimidade, às propostas de ajustamentos às Forças Nacionais Destacadas 2024, após ponderar a respetiva adequabilidade militar e exequibilidade financeira”.

A NATO celebra esta semana 75 anos, perante o que organismos da Aliança Atlântica definem como “maior teste numa geração”, em ano de eleições decisivas nos Estados Unidos e de arrastamento da guerra movida pela Rússia na Ucrânia.

Uma das consequências da invasão russa da Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022, foi o reforço da união dos países da NATO, bem como o alargamento das suas fronteiras, com a chegada ao grupo de dois novos países, a Finlândia e a Suécia, e a solicitação de novas entradas.

Uma das incógnitas da cimeira da NATO que se inicia esta terça-feira em Washington é saber se o evento – que incluirá a celebração dos 75 anos da mais bem-sucedida aliança militar do último século – poderá ser o palco do anúncio do convite formal para a adesão da Ucrânia, apesar das reiteradas ameaças de retaliação por parte da Rússia, se tal acontecer.

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