[weglot_switcher]

Defined.ai apresenta assistente virtual em português de Portugal

A CEO da antiga DefinedCrowd esteve no primeiro dia da Web Summit para apresentar ao público a tecnologia desenvolvida pelo consórcio Accelerat.ai, que tem um investimento do PRR de 34 milhões de euros – quase menos 100 milhões do que estava previsto.
2 Novembro 2022, 17h57

A tecnológica Defined.ai – antiga DefinedCrowd – esteve esta quarta-feira na Web Summit a apresentar a nova tecnologia do assistente virtual em português de Portugal que está a ser desenvolvida pelo consórcio de Inteligência Artificial (IA) liderado pela empresa fundada por Daniela Braga.

“Algumas das aplicações terão avatares de voz e vídeo que falarão com as pessoas, tornando possível encomendar comida por voz sem tirar os olhos do jogo de futebol ou confirmar a receção do cheque família e transferi-lo para a conta poupança enquanto se conduz”, esclareceu Daniela Braga, na Altice Arena, no Parque das Nações.

Na prática, o consórcio Accelerat.ai está a desenvolver uma tecnologia para criação de assistentes virtuais em português europeu, a língua nativa de Portugal, algo que ainda não tinha sido feito de forma eficaz na área da IA Conversacional. O grupo de empresas encabeçado pela Defined.ai estima que as melhorias permitam, através da automatização de 80% das resoluções de apoio ao cliente, reduzir custos e agilizar serviços públicos e privados.

O consórcio em causa vai criar 150 empregos no país e tem um investimento de 34,5 milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), embora inicialmente se previsse 124 milhões de euros. Questionada pelo Jornal Económico, fonte oficial da empresa explicou: “Esta redução deve-se, sobretudo, ao facto do projeto se ter limitado o scope dos trabalhos de língua portuguesa, quando, inicialmente, o projeto contemplava cerca de dez línguas”.

“O foco do consórcio será a otimização do serviço ao cliente nos sectores público e privado em Portugal, mas espera-se que este tipo de tecnologia seja facilmente expandido para outros mercados da União Europeia, e facilmente adaptado a todos os tipos de indústrias e empresas que dependem ou beneficiam de tecnologias de IA”, referiu Daniela Braga, na cimeira tecnológica.

O consórcio é ainda composto pela Devscope, NOS, Instituto Superior Técnico de Lisboa, Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, FC.Id e INESC-Id. A IBM, a Microsoft, a Axians e a consultora KPMG operam como potenciais parceiros e/ou conselheiros, enquanto na lista de clientes interessados estão a Caixa Geral de Depósitos, o Novobanco, o Santander, os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, o Serviço Nacional de Saúde, a Agência Modernização Administrativa, o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, a EDP, a Galp, a NOS, a Worten e a Fidelidade.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.