A Alvarez & Marsal está há dois anos a operar diretamente no mercado português, mas regista experiência muito além disso, com trabalhos feitos para diferentes instituições financeiras. A consultora norte-americana também produz anualmente o Portuguese Banking Pulse, um retrato da evolução dos maiores agentes da banca portuguesa, avaliando e relacionando indicadores de atividade, e aponta as tendências de desenvolvimento do setor. E o seu líder, Mário Trinca, acumula três décadas de experiência em consultoria e em gestão de tecnologia no setor financeiro, em Portugal e fora, que constitui o tema central desta entrevista.
O desempenho da banca nos últimos tempos – 2024 foi um ano de ouro – dá margem ao setor para aumentar o investimento em tecnologia?
Certamente que sim, embora existam outras dimensões que os bancos estão a aproveitar, como remunerar os seus acionistas e empregados.
Acredito que os investimentos em tecnologia continuariam a existir mesmo que o desempenho não tivesse sido tão positivo. O atual contexto pode tornar as decisões menos complexas e acelerá-los.
O investimento em tecnologia é mais uma questão de competitividade ou é também uma questão estrutural, até por força da regulação europeia?
Ambas as dimensões são relevantes. Os níveis de exigência da regulação europeia são contínuos, abrangentes, que obrigam os bancos a dar uma efetiva resposta a novos requisitos regulamentares. São exemplos disso o ECB Cyber Resilience Stress Test ou a regulação DORA – Digital Operational Resilience Act, conducente à melhoria da resiliência operacional do setor financeiro, face a potenciais incidentes nas áreas de Information and Communication Technology [Tecnologias de Informação e Comunicação].
Conteúdo reservado a assinantes. Para ler a versão completa, aceda aqui ao JE Leitor
Tagus Park – Edifício Tecnologia 4.1
Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, nº 71 a 74
2740-122 – Porto Salvo, Portugal
online@medianove.com