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Deixar falir a TAP? “Poderia deixar”, admite Rui Rio

O presidente do PSD defende que a TAP está “tecnicamente falida” e que por isso é de extrema importância pedir ao Governo um plano de negócios “que ainda não apareceu”.
  • Flickr/PSD
29 Julho 2020, 23h45

“A TAP está falida”, começou por afirmar o social-democrata em entrevista à RTP3, emitida esta noite.

“Se está falida, a primeira coisa que tem que exigir é um plano de negócios e de reestruturação para a TAP. Esse plano não apareceu, mas o Governo diz alegremente ‘toma lá mil milhões de euros’. E agora todos nós vamos ficar à espera da próxima fatura porque nem o plano de negócios há”, criticou Rui Rio.

Questionado sobre se deixaria cair a empresa se estivesse sob o seu domínio, o presidente do PSD admite: “Poderia deixar. Poderia deixar”, explica, acrescentando que o plano de negócios é necessário para determinar o futuro da empresa.

O Governo tem o valor “máximo” previsto de 1,2 mil milhões de euros para financiar a TAP através do Orçamento Suplementar. O valor é, segundo o secretário de Estado do Tesouro, o pior cenário previsto. Sem especificar, Álvaro Novo falou que está previsto um “cenário base” de ajuda à TAP e um segundo, mais exigente, em que foi adicionada uma margem sobre o cenário base, que possa fazer face à actual “incerteza do sector da aviação”.

Esta tarde, a TAP anunciou que a empresa vai aderir à retoma progressiva do período normal de trabalho, reduzir o horário laboral entre os 70% e 20% em agosto.

De acordo com o comunicado divulgado pela CMVV, a decisão surge no âmbito do Apoio Extraordinário à Retoma Progressiva que prevê um mecanismo de redução do horário de trabalho para todos os trabalhadores, não estando prevista a figura de suspensão do contrato de trabalho.

“O Conselho de Administração da TAP decidiu que, na TAP, a redução do período normal de trabalho oscilará entre os 70% e os 20%, sendo que todos os colaboradores da TAP serão informados individualmente sobre a modalidade que lhes será aplicada”, lê-se na nota divulgada.

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