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Delnext quer crescer 300% em 2017

Em menos de dois anos, a Delnext já fez mais de 155 mil envios. A empresa está, neste momento, em fase de testes em Itália.
27 Julho 2017, 11h23

Delnext, com sede em Lisboa, foi criada para simplificar o processo de envio de encomendas  para todas as pessoas, tendo em especial atenção o preço, velocidade e serviço ao cliente. “Nascemos da dificuldade que a sua empresa-mãe, uma loja de ecommerce (a Zumub.com), teve em se internacionalizar. Apesar de a Zumub querer exportar mais, tinha um grande entrave, que eram os portes de envio muito caros”, diz o Diogo Assis, CEO da Delnext, ao Jornal Económico.

Após quatro anos de tentativa e erro, a Zumub.com conseguiu desenvolver a operação de forma a conseguir fazer envios internacionais a baixo custo.

“A ideia da Delnext, acabou por surgir de forma inesperada: no Natal de 2014, os meus pais estavam a enviar presentes para Inglaterra para uns tios meus que lá vivem, e apercebi-me que o valor que estavam a pagar para enviar os presentes era exorbitante, e por isso ofereci-me para fazer o envio através da empresa onde trabalhava, até que vários familiares e amigos ao saberem disso começaram a pedir-me constantemente para enviar encomendas. Percebi que havia ali um problema e ao mesmo tempo uma oportunidade e pouco tempo depois propus a ideia ao administrador da Zumub.com que gostou bastante da ideia”, explica Diogo Assis.

Em 2015 surgiu a ideia de constituir a Delnext, concebida com o objetivo “de permitir que as pessoas e empresas possam enviar encomendas de forma fácil, online, sem sair de casa e a baixo custo. Gostamos de dizer que estamos a quebrar barreiras dentro da Europa permitindo que os portugueses possam enviar encomendas de forma barata e segura para qualquer sítio da União Europeia”, conta o CEO.

Quanto a dificuldades encontradas, Diogo Assis refere, como a maior, “a mudança de paradigma relativamente aos envios internacionais”, uma vez que “a maioria das pessoas quando querem enviar algo pensam imediatamente nos correios e não se lembram de procurar alternativas. Isto é algo que noutros países como o Reino Unido não acontece porque existem muitas alternativas ao correio tradicional, mas em Portugal é um grande desafio para uma empresa diferente e inovadora como a Delnext”.

Em menos de dois anos a Delnext já fez mais de 155 mil envios. “Estimamos que os nossos clientes tenham poupado mais de dois milhões de euros ao realizar os seus envios internacionais connosco, quando comparado com os preços dos Correios. O feedback é na sua globalidade muito positivo”, salienta.

Quanto aos resultados da empresa “têm excedido as expectativas, batemos recordes mês após mês, batemos recorde em maio, junho e estamos a caminho de bater recorde em julho. Por exemplo, no mês passado tivemos algumas encomendas de Coimbra, provavelmente de alunos Erasmus, e este mês tivemos mais de 50 encomendas só de Coimbra. É provável que alguém tenha gostado e recomendado aos seus amigos”.

Para o futuro, a empresa quer ir mais além. “A nossa expectativa é continuar a chegar a mais gente e oferecer a nossa solução a mais pessoas. Isto deverá contribuir para um crescimento de 300% no volume de negócios em 2017”, reforça o responsável. Na fase embrionária da empresa o capital social era de apenas cinco mil euros. No entanto, assim que o site foi iniciado, o investimento foi revisto para 50 mil euros.

A Delnext está neste momento em fase de testes em Itália “sendo que já é possível também enviar encomendas a partir daí. No entanto queremos continuar a melhorar o serviço para no futuro entrar de forma segura em mais países, com o objetivo de um dia ser possível enviar encomendas de e para todos os países da Europa”.

A empresa apresenta ainda uma novidade: “até ao momento tínhamos apoio por e-mail e live chat. Posso informar em primeira mão que estamos a recrutar para que, em setembro próximo, tenhamos apoio ao cliente por telefone, em português e espanhol”.

Neste momento o grupo tem 20 colaboradores.

 

 

 

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