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Desconfio que o meu filho tem problemas de aprendizagem e de atenção. O que devo fazer?

Não entre em pânico, nem fique angustiado. Na atualidade já existem intervenções eficazes mesmo para os casos que se afiguram mais difíceis.
10 Março 2019, 17h00

Não entre em pânico, nem fique angustiado. Na atualidade já existem intervenções eficazes mesmo para os casos que se afiguram mais difíceis. Um especialista na área poderá ajudá-lo a encontrar as estratégias mais adequadas para lidar com as referidas problemáticas. Os planos interventivos devem ser adaptados às especificidades de cada caso, podendo por vezes ser aplicados/replicados em diferentes contextos de interação (como por exemplo em contexto escolar e em contexto familiar), com elevada taxa de sucesso.

Os números são surpreendentes: uma em cada cinco crianças manifesta dificuldades de aprendizagem e de atenção. É importante, antes de mais, que tenha a certeza do que está em causa. Um diagnóstico errado pode comprometer o sucesso da intervenção. Saiba como ajudar o seu filho:

1- Conheça as capacidades/competências que podem ser afetadas.
 Problemas de aprendizagem e/ou atenção podem revelar-se em idade pré-escolar, por exemplo, ao nível dos processos de leitura e escrita, assim como ao nível da matemática, das capacidades de organização, concentração, compreensão, memória auditiva e ainda ao nível das competências sociais e psicomotoras. Esteja atento aos primeiros indícios pois podem apresentar-se como sinais de alerta.

2- Procure distinguir/diferenciar as diferentes fases do desenvolvimento das crianças, averiguando/aprendendo acerca das características de cada etapa desenvolvimental. Pode ser difícil identificar eventuais problemas se não tiver certeza das competências específicas expectáveis para as diferentes idades do seu filho. Saiba o que esperar desde o pré-escolar ao ensino superior.

3- Explore as competências académicas do seu filho. Tome nota das principais dificuldades que vão emergindo no decorrer do seu percurso escolar. Registe as informações diárias que lhe parecem mais relevantes. Uma observação atenta permitirá ajudá-lo a encontrar padrões e, em simultâneo, reforçar as suas áreas fortes e identificar ao mesmo tempo as suas maiores necessidades/fragilidades. Se identificar as principais competências do seu filho, tornar-se-á mais fácil ajudá-lo a melhorar. Por exemplo, se sentir que o seu filho tende a ficar frustrado com o processo de leitura, tente perceber as respetivas causas e tente ajustar as respostas em função do problema identificado.

4
- Mantenha-se informado, em permanência, sobre o respetivo desempenho escolar. Fale com os professores. Se possível, dialogue diariamente com o seu filho. Questione-o diretamente sobre as dificuldades, as barreiras, as angústias. É essencial que as identifique para que as consiga ultrapassar. Saiba se manifesta dificuldades ao nível da leitura, da escrita e/ou na área da matemática. E se demonstra mais dificuldades de concentração comparativamente com as outras crianças da mesma idade. Será que, por exemplo, tem dificuldade em fazer amigos? Nunca desvalorize as queixas efetuadas tanto pelo próprio como pelos vários intervenientes no processo de ensino-aprendizagem. Estas podem afetar negativamente a vida escolar, familiar e social da criança.

5
- Partilhe as principais dúvidas/inquietações com o pediatra.Transmita-lhe as dificuldades que o seu filho revela em casa e na escola, tanto ao nível do desenvolvimento global como no que respeita às aprendizagens. Discuta/averigue a necessidade de uma intervenção precoce através de uma equipa multidisciplinar.

6- Considere consultar um especialista. Uma avaliação psicopedagógica pode apresentar-se como o primeiro passo para o bem estar do seu filho e, quem sabe, para o início de uma nova vida académica, profissional e social de sucesso.

 

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