As famílias não poupavam tão pouco desde 1961, sendo que o consumo privado dos residentes em Portugal registou máximos históricos no ano passado. As conclusões são reveladas pela Pordata esta quinta-feira, 31 de outubro, dia mundial da poupança e contadas pela edição do jornal “Público”.
Em 2018, os particulares (famílias e instituições sem fins lucrativos) pouparam 6,5% do rendimento disponível, uma percentagem que é só foi superada em 1961, quando se registou 6,3%, e o mínimo (5,5%) em 1960. Em sentido oposto, o ano em que mais se poupou foi em 1972, (27,8%). Nos últimos dez anos, os valores mais elevados de poupança coincidiram com a crise financeira mundial, em 2009, e em pleno período da troika em Portugal, em 2012.
A poupança dos portugueses correspondeu a 4,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2018, ou seja, o dinheiro que os portugueses acumulam com as suas poupanças corresponde a menos de 5% da riqueza gerada no país em 2018. Um valor que é bastante inferior ao registado na década de 1970, onde em 1972 se verificou o valor mais alto (24%) desde o fim da década de 1960.
Segundo os dados de 2017, a percentagem de poupança no PIB equivale a 3,4%, valor muito baixo quando comparado com a Alemanha (10,8%) ou a Suécia (8,9%) e que deixa Portugal perto da cauda da Europa.
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