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Deutsche Bank despede 18 mil trabalhadores mas gestores encomendam fatos de 1.660 euros

A Reuters publicou, sem perceber da importância, uma fotografia de dois homens a saírem do edifício do banco em Londres com sacos e com a legenda: “as carreiras no Deutsche Bank acabam com um envelope, um abraço e uma viagem de táxi”. A polémica surgiu quando se soube que não eram trabalhadores do banco.
  • Kai Pfaffenbach/Reuters
9 Julho 2019, 17h00

O Deutsche Bank tem estado em destaque na imprensa internacional pela criação de um ‘banco mau’ e pelos despedimentos que isso implicou, totalizando 18 mil trabalhadores.

No entanto, a Reuters noticia mais uma polémica associada ao mau momento do Deutsche Bank. A agência de notícias publicou, sem perceber a importância da imagem, uma fotografia de dois homens a saírem do edifício do banco em Londres com sacos e com a legenda: “as carreiras no Deutsche Bank acabam com um envelope, um abraço e uma viagem de táxi”.

No entanto, os homens que a Reuters fotografou a sair do edifício do banco alemão não eram trabalhadores e não foram despedidos. Tratavam-se de alfaiates da empresa Fielding & Nicholson Tailoring de luxo, cujo um terço do volume de negócios é feito a vender fatos a gestores de investimento.

“Foi só uma coincidência que termos sido apanhados a sair do edifício ao mesmo tempo que outros que estavam a ser despedidos”, explicou Nicholas Fielding-Calcutt, um dos homens apanhado na fotografia em questão. “A presunção foi de que éramos banqueiros que tinham sido despedidos, mas estávamos ali para provas de fatos de membros séniores do staff”, sustentou.

O jornal ‘Financial News’ realçou que os fatos custam 1.500 libras (1.660 euros), por cada um pedido. O responsável admitiu ao jornal que o timing foi “infeliz”, uma vez que estavam a acontecer despedimentos. No entanto, garantiu que se desloca aos bancos para fazer as provas há mais de uma década.

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