[weglot_switcher]

Deutsche Bank investe 10 milhões de euros em antigo Dolce Vita do Porto

Em 2018, “o Alameda Shop & Spot apresentou um crescimento de número de visitantes na ordem dos 10% e a taxa de ocupação do centro obteve uma expressiva subida, alcançando os 95%, diz a consultora imobiliária CBRE.
6 Junho 2019, 17h51

À exceção do centro comercial Dolce Vita Tejo, os restantes centros comerciais com este nome já tiveram várias vidas desde 2006. Passaram pelas mãos dos Amorim, da Charmartín, Lone Star e agora são da SWA Investments, cuja sociedade gestora de fundos pertence ao Deutsche Bank.

O centro comercial de Vila Real é agora Nosso Shopping, o de Coimbra chama-se Alma Shopping e o antigo Dolce Vita do Porto foi apelidado de Alameda Shop&Spot. Os três passaram por um processo de revitalização depois de estarem nas mãos do banco alemão, noticiou o ‘Jornal de Negócios’.

Além dos centros comerciais em Vila Real, Coimbra e Porto, a DWS também detém o Fórum Madeira e adquiriu o LeiriaShopping a um fundo da Sonae Sierra por 128 milhões de euros.

A consultora imobiliária CBRE ficou responsável pela gestão e comercialização do centro comercial do Porto, que se situa junto ao Estádio do FC Porto. A consultora avançou ao jornal que “terminou o processo de remodelação” do Alameda Shop&Spot. Segundo a CBRE, tratou-se de “um amplo projeto de reabilitação que envolver uma nova marca, intervenção de todas as zonas estratégicas do centro e a criação de um novo conceito de zona de restauração” e adiantou que a DWS Investments investiu mais de 10 milhões de euros na remodelação do projeto.

No novo centro comercial, 17 marcas fecharam os contratos, entre as quais se encontra a H&M, McDonalds, Fitness Hut e Pré-Natal. Outras 47 lojas renovaram a sua imagem, localização e a dimensão, sendo que as maiores diferenças vão ser no hipermercado Continente e na estreia do DeBorla.

Em 2018, “o Alameda Shop & Spot apresentou um crescimento de número de visitantes na ordem dos 10% e a taxa de ocupação do centro obteve uma expressiva subida, alcançando os 95%”, enquanto “o Páteo, a nova zona de restauração do Alameda, viu as suas vendas crescer em mais de 30%”, afirmou a consultora imobiliária ao jornal.

“Num mercado maduro e exigente como o do Porto, foi decisivo investir num centro icónico como é o Alameda Shop & Spot. Hoje é um centro que apresenta coerência na sua oferta, no seu ambiente e nos seus espaços, estando alinhado com as tendências de consumo em Portugal”, afirma Carlos Manunbens, gestor de ativos da DWS Investments.

Já Carlos Récio, diretor de retalho da CBRE, salienta que com a “ampla operação de revitalização e de renovação do centro comercial, [este] começa a dar os seus primeiros frutos e foi uma aposta certeira tendo em conta o perfil do seu consumidor. Agora é potenciar o centro num todo, e em breve esperam-se ainda mais novidades”.

A empresa gerida pela Deutsche Bank sublinhou que pretende mais escritórios, centros comerciais e ativos logísticos em Portugal. Carlos Manunbens considera que “Portugal continua a ser um mercado estratégico e com grande potencial no que se refere a centros comerciais”, pelo que a DWS promete “continuar o caminho e a procura permanente de oportunidades de investimento”.

Com esta operação, a DWS anunciou que passa a ter um total de ativos em Portugal de 500 milhões de euros, sendo que nos últimos quatro anos adquiriu 1,4 mil milhões de euros em ativos imobiliários na Península Ibérica, sendo que atualmente administra um total de 1,8 milhões nos dois países ibéricos.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.