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DGS: “Estamos em fase de mitigação. Vai entrar um novo plano para abordar a Covid-19”

A diretora-geral da Saúde explicou que Portugal passou da fase de contenção para a de mitigação. “A fase de transição pode ter alguma turbulência e contamos com a compreensão de todos”, afirmou esta quarta-feira Graça Freitas.
  • Tiago Petinga/Lusa
25 Março 2020, 12h58

O secretário de Estado da Saúde disse esta quarta-feira que a grande maioria (quase 80%) das vítimas mortais do novo coronavírus em Portugal tem 70 anos ou mais. Ainda assim, diretora-geral da Saúde revelou que, a partir da meia noite, vai entrar em vigot um novo plano para abordar a doença Covid-19.

“Estamos em fase de mitigação. Estamos na fase 3.2, o que significa que há transmissão comunitária (não descontrolada)”, explicou Graças Freitas, em conferência de imprensa no Ministério da Saúde. “A fase de transição pode ter alguma turbulência e contamos com a compreensão de todos”, referiu a responsável da Direção-Geral de Saúde (DGS), depois de esclarecer a passagem da fase de contenção para a de mitigação.

“A mortalidade é de facto muito maior entre os idosos. Os lares são uma preocupação. Insistimos nos planos de contingência destas instituições”, realçou António Lacerda de Sales, em declarações aos jornalistas. Em relação aos materiais de proteção, o governante adiantou que à medida que vão chegando vão sendo distribuídos onde são mais necessários.

Portugal tem 2.995 casos confirmados da doença Covid-19, mais 633 do que ontem, segundo o mais recente boletim epistemológico da DGS enviado esta manhã. O número de vítimas mortais aumentou em dez, para 43, e contabilizaram-se neste momento 22 pessoas que recuperam. Há ainda 1.591 cidadãos à espera dos resultados da análise laboratorial.

Quanto à separação de doentes com sintomas mais graves que chegam aos centros de saúde, Graça Freitas referiu que aquilo que interessa é que haja uma separação de quem é Covid-19 – que é encaminhado para a ADC [Área Dedicada Covid] – e os doentes com outras patologias. Por outro lado, as pessoas que têm sintomas mais graves, a Linha SNS 24 encaminha-os para uma urgência hospitalar para serem atendidas por um médico.

O secretário de Estado da Saúde aproveitou a ocasião para agradecer às Forças Armadas a colaboração ao receber doentes nos seus hospitais. “Existem cerca de 2 mil camas disponibilizadas pelas Forças Armadas”, referiu.

Notícia atualizada às 13h21

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