“Dia da Libertação” leva mercados europeus às perdas. Segue-se reação aos anúncios de Trump

As mais importantes bolsas europeias registaram um sentimento negativo na sessão de quarta-feira, exceção feita a Madrid. Em causa estiveram receios ligados ao discurso em que Donald Trump iria anunciar as novas tarifas recíprocas às importações.

A bolsa de Lisboa escapou às perdas generalizadas, na medida em que o índice PSI subiu de forma marginal, na ordem de 0,11%, até aos 6.958 pontos. Entre as várias cotadas, destacou-se o ganho de 1,50% na Altri, cujas ações alcançaram os 6,11 euros. Seguiram-se subidas de 1,17% na Semapa, até aos 15,58 euros, ao mesmo tempo que a Ibersol se adiantou 1,14% para 8,86 euros.

Em sentido contrário, os títulos da Galp contraíram 1,29% até aos 16,08 euros, ao passo que a EDP Renováveis recuou 1,02% para 7,73 euros.

No exterior, registaram-se maioritariamente descidas inferiores a 1% entre os principais índices, no fecho da última sessão antes de Donald Trump avançar com as tarifas recíprocas às importações dos Estados Unidos. Estas geram uma nova escalada na guerra comercial em curso e o caso não deve ficar por aqui, sendo que a UE, por exemplo, já prometeu responder.

As perdas foram particularmente expressivas no setor farmacêutico, sobretudo no caso da Bayer, que tombou mais de 4%. A gigante alemã esteve no centro dos receios ligados às novas tarifas e castigou o índice DAX, que tombou 0,64%, o que significa uma perda mais acentuada do que as registadas nas restantes praças europeias.

Reino Unido e Itália fecharam com quedas próximas de 0,30% e França recuou 0,22%. O índice agregado Euro Stoxx 50 derrapou 0,36%. A exceção à regra foi observada em Espanha, já que o índice IBEX 35 somou 0,23%.

Esta quinta-feira, os mercados vão reagir às declarações de Donald Trump sobre as novas tarifas, que deverão castigar uma série de setores da economia, à escala global.

Noutra vertente, o Eurostat vai divulgar os dados do PMI dos serviços na zona euro em março.