O Dia Internacional dos Migrantes, celebrado esta terça-feira, tem este ano como slogan “Migração #ComDignidade”.
”Tratar todos os migrantes com dignidade é um dos requisitos fundamentais que enfrentamos. A migração é a grande questão da nossa era e uma força para a dignidade, porque permite que as pessoas escolham salvar-se a si mesmas. Devemos dignificar essas escolhas, prestando-lhes respeito, e respeitamo-las tratando aqueles que fazem essas escolhas com dignidade. Ao celebrarmos este dia, apelamos que a migração seja feita de forma segura e digna para todos”, escreve o comunicado das Nações Unidas.
Passou uma semana desde que 164 países, incluindo Portugal, assinaram o Pacto Mundial para a Migração, que a Organização Internacional para as Migrações (OIM) vai supervisionar. Contudo, seis países não assinaram o pacto (Bulgária, Hungria, Áustria, Polónia, Eslováquia, República Checa) e há dúvidas sobre a efetiva adoção noutros quatro (Bélgica, Itália, Croácia, Malta).
O Observatório para as Migrações revela que Portugal teve, em 2017, um saldo migratório positivo: houve mais entradas do que saídas e chegaram ao país 36 mil imigrantes, enquanto deixaram o território nacional 32 mil pessoas.
Neste dia, António Vitorino, diretor-geral da Organização Internacional das Migrações, expressou preocupação com o caso da manifestação de extrema-direita deste fim de semana, em Bruxelas, num protesto contra o pacto global das migrações, assinado na semana passada em Marraquexe.
O diretor-geral adverte que o clima será uma das tendências no fluxo migratório: “Desastres naturais e epidemias, como a atual ameaça do Ébola numa parte de África, forçam mais pessoas a porem-se em movimento todos os dias”.
“Guerra, alterações climáticas, demografia e o crescente fosso entre os que, economicamente, têm muito e os que não têm nada, contribuem para o crescimento da migração humana como forma de garantir a segurança e o bem-estar dos indivíduos, famílias e comunidades”, cita a Euronews a mensagem de celebração do dia de António Vitorino.
Existem 258 milhões de migrantes no mundo, representado apenas 3,4% da população, e cerca de 40 milhões são crianças e jovens estudantes. A maioria dos migrantes circula na Ásia, África e América do Sul. Apenas um terço reside na Europa e a maioria são originários de países desse mesmo continente.
Daqui a quatro anos, será feita a primeira avaliação do Pacto Mundial para a Migração. Michele LeVoy diz que a implementação deve ser um esforço em conjunto com a sociedade civil.
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