O regresso da venda dos chips H20 da Nvidia ao mercado chinês deixou Wall Street com sentimento misto na sessão bolsista de terça-feira. Apesar disso as ações da tecnológica negociaram em terreno positivo mas este estado de espírito não contagiou o restante do mercado.
Os chips H20 da tecnológica, que é a cotada mais valiosa do mundo, têm sido um dos campos da batalha comercial entre a China e os Estados Unidos, com o argumento de perigo à segurança nacional norte-americana. O anúncio de Jensen Huang, que esteve de visita à China depois de um encontro com o presidente norte-americano, Donald Trump, vem desbloquear as restrições que estavam a existir na venda destes chips no mercado chinês. O CEO da tecnológica confirmou que o governo norte-americano terá assegurado que as licenças necessárias para exportar estes chips H20, para a China, serão garantidas, permitindo a venda dos chips na China.
As ações da Nvidia não demoraram muito a reagir às boas novas dadas pelo seu CEO. Em pré-mercado já negociavam com uma valorização de 4%, elevando os ganhos que já vinham desde o início do ano para os 18,6%. Com a abertura de Wall Street a tecnológica continuou na senda dos ganhos chegando a disparar 4,7%. Mas no setor dos semicondutores acabou por não ser a mais beneficiada. Isto porque a AMD durante a sessão bolsista norte-americana chegou a subir 7,2%.
O setor dos semicondutores no cômputo geral acabou por ter um bom dia. No verde estiveram ainda a Broadcom, a Qualcoom, e a Intel. As tecnológicas também estiveram a negociar no verde como por exemplo a Microsoft e a Oracle.
Dentro das Sete Magníficas, a Apple, a Amazon, e a Google estiveram a negociar durante a sessão no verde contudo a Tesla e a Meta estiveram no vermelho.
Mas este otimismo que passou por alguns setores de Wall Street escondeu o vermelho sentido em outras áreas. Um deles foi a saúde . Eli Lilly, Johnson & Johnson, Abbvie, Pfizer estiveram a negociar no vermelho. A energia também esteve em terreno negativo. Aqui estiveram a negociar empresas como a Exxon Mobil e a Chevron. No lado financeiro, Visa e Mastercard passaram pelo vermelho com a American Express a determinada altura a desvalorizar 2,2%.
No final da sessão, os índices norte-americanos fecharam mistos. O S&P fechou a sessão a subir 0,47%, o Nasdaq caiu 0,18% e o Dow Jones desvalorizou 0,98%.
As boas novas da Nvidia não tiveram impacto positivo nas bolsas europeias e na portuguesa.
O índice português PSI fechou inalterado.
As maiores subidas foram para a Mota-Engil, que valorizou 2,64% para os 4,27 euros, seguida pela EDP Renováveis, que subiu 0,79% para os 10,26 euros, e a EDP, que cresceu 0,74% para os 3,83 euros.
No verde ficaram ainda a Semapa e a Jerónimo Martins.
No vermelho fecharam a Corticeira Amorim, que desceu 1,75% para os 7,86 euros, seguida pelos CTT, que quebraram 1,41% para os 7,69 euros, e a Galp Energia, que caiu 0,98% para os 16,14 euros.
A negociar no vermelho estiveram ainda a REN, a Ibersol, o Banco Comercial Português (BCP), a Sonae, a Navigator, e a Altri.
As principais bolsas europeias fecharam no vermelho, com exceção do índice dos Países Baixos. O DAX (Alemanha) caiu 0,41%, o CAC 40 (França) desceu 0,54%, e o FTSE 100 (Reino Unido) desvalorizou 0,67%.
O AEX (Países Baixos) subiu 0,30%, enquanto que o IBEX 35 (Espanha) quebrou 1,20% e o FTSE MIB (Itália) desceu 0,68%.
No mercado energético, o petróleo esteve em alta no fecho dos mercados europeus, com o brent a subir 0,06% para os 69,25 dólares e o crude a valorizar 0,06% para os 67,02 dólares. O euro caiu 0,49% face ao dólar, para os 1,1607 dólares, e o euro desvalorizou 0,19% face à libra, para as 0,86667 libras.
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