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“Diferentes companhias são responsáveis pelas suas marcas”, diz líder da IAG

Líder da British Airways e da Iberia disse hoje que diferentes companhias do grupo são responsáveis pelas suas marcas.
8 Outubro 2025, 10h17

O presidente da IAG disse hoje que a política da empresa é só tomar algumas decisões em grupo com as diferentes companhias aéreas a tomarem decisões operacionais sozinhas.

“O segredo é que o modelo da IAG é um modelo diferente. As diferentes companhias são responsáveis pelas suas marcas e pelos seus passageiros”, começou por dizer hoje Luis Gallego, líder do grupo que detém a British Airways e a Iberia.

“Só fazemos coisas em grupo que podem melhorar a performance”, segundo o gestor, apontando que são as empresas que definem as propostas para os clientes. “Isto ajuda muito a satisfazer as diferentes exigências dos clientes”.

As declarações acontecem num momento em que a casa-mãe da British Airways e da Iberia já mostrou o seu interesse na compra de 44,5% da TAP, processo que já foi lançado pelo Governo.

O gestor espanhol falava no evento World Aviation Festival que decorre em Lisboa.

Dois exemplos que são decididos a nível do grupo são a contratação de produtos e serviços ou a manutenção, exemplificou Luis Gallego.

Vários analistas já apontaram que um dos riscos da IAG vencer a privatização da TAP é a perda da relevância do hub de Lisboa, para a Iberia apostar mais em Madrid.

A IAG tem negado esta possibilidade e tem dito publicamente que dá liberdade às suas companhias para crescerem e desenvolver os seus hubs, apontando para o caso da Aer Lingus, companhia irlandesa de bandeira, detida pela IAG e com um tamanho mais semelhante à TAP.

Um pouco antes, o presidente-executivo da TAP disse que o tempo da TAP estar sozinha acabou, pois ser independente é duro para uma companhia aérea.

“É um processo natural. Os tempos de estarmos sozinhos acabaram. Foi possível, já não é. Se estivermos sozinhos vai ser muito duro”, disse hoje Luís Rodrigues.

O gestor disse que vai ficar “feliz” de estar “integrado num grupo maior” quando a privatização estiver concluída.

“Eu digo na empresa, ‘vamos trabalhar como se não fosse acontecer’ [a privatização]. Se paralisarmos à espera de alguém, quando chegarem vão dizer que estamos paralisados e dizem, ‘fora’”, acrescentou.

“Se trabalharmos como se não fosse acontecer, quem vier vai dizer que estamos a fazer um bom trabalho. Depois, as pessoas decidem se ficam ou não. Estarmos paralisados não é opção”, acrescentou o gestor em declarações no World Aviation Festival que decorre em Lisboa.

O executivo não fez comentários sobre o processo de privatização, num momento em que o Governo aguarda por propostas para a compra de 44,5% do capital da companhia aérea, com 5% reservados para trabalhadores.

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