De facto, as formalidades de reporte atualmente impostas às empresas no seu dia-a-dia levam à proliferação de problemas relacionados com a utilização de processos não padronizados ou integrados, com a falta de capacidade interna para processar informação em massa ou mesmo com questões associadas à segurança, qualidade e acesso a informação relevante.
Neste âmbito, a introdução de mecanismos tecnológicos automatizados no funcionamento interno das empresas permite, a título de exemplo, a captura de informação financeira e/ou fiscal, o carregamento automático de dados para reporte, o processamento automático de uma transação ou até a criação de um processo de client acceptance.

Esta temática adquire especial relevância no âmbito da fiscalidade, mais concretamente no que respeita à preparação e cumprimento de obrigações fiscais, através da análise das obrigações de reporte exigidas aos contribuintes no contexto da sua relação com a Autoridade Tributária e Aduaneira.

Assim, na área fiscal, a utilização de robotics permite, por exemplo, numa operadora de telecomunicações, em primeira linha, validar a existência de um novo cliente através do acesso automático a bases de dados evitando-se situações de fraude, o aumento de credibilidade do revenue que esse cliente possa gerar, a simplificação e redução do tempo despendido em processos de compliance fiscal minimizando-se o tempo despendido pelos recursos humanos em tarefas sem valor acrescentado, colocando o seu foco em atividades geradoras de valor.

Ou seja, a automação de processos traduz-se numa efetiva redução de riscos e litigância, gestão da informação de uma forma mais eficiente, potenciando a antecipação da identificação de oportunidades fiscais.

O Digital Tax ou a automatização de processos na área fiscal assume assim um papel de importância crescente nas empresas, sendo um elemento potenciador de eficiência, produtividade, redução de custos e diferenciador no futuro das organizações.