De acordo com um estudo recente da consultora Accenture, uma diminuição na confiança dos stakeholders pode ter um impacto substancial na competitividade das empresas e os dados da coligidos indicam que 54% das empresas analisadas sofreram uma grande queda no grau de confiança, o equivalente à perda de 160 mil milhões de euros de potenciais receitas.
O relatório, intitulado ‘The Bottom Line on Trust’, da Accenture Strategy, quantifica o impacto da confiança nos resultados da empresa com base na análise de mais de 7.000 organizações, em 20 setores, em várias dimensões interdependentes como crescimento, rentabilidade, sustentabilidade e confiança
Pedro Galhardas, managing director responsável pela Accenture Strategy em Portugal, afirma, citado por comunicado da empresa, que a confiança já não pode ser levada de forma “leviana” nas organizações. “Atualmente podemos quantificar o impacto da confiança, especialmente o impacto da perda desta na receita das empresas e no crescimento do EBITDA. Desde recolhas de produto e violações de dados ou erros da equipa executiva, as quebras de confiança representam um risco cada vez maior para a saúde financeira das empresas. Os líderes atuais devem cumprir as promessas da sua empresa de forma a limitar o impacto duradouro que um grande incidente de confiança pode ter sobre a sua competitividade”.
De acordo com o estudo, “quando uma organização enfrenta uma diminuição substancial de confiança entre os seus stakeholders-chave – clientes, investidores, colaboradores, fornecedores, analistas e media – o resultado é uma quebra de dois valores, em média, na sua pontuação do índice. Um valor a menos no índice equivale, em média, a um impacto negativo de 3% no crescimento da receita e de 5% no EBITDA, em todos os setores”.
Quando ocorre uma perda de confiança, as empresas sofrem, geralmente, uma queda no crescimento da receita e do EBITDA. Embora a percentagem média varie conforme o setor, quando ocorre uma quebra no grau de confiança, esta impacta empresas de todas as indústrias, que acabam por sofrer quebras significativas tanto nas receitas quanto no EBITDA.
Para a consultora, “é impossível prevenir totalmente incidentes de quebra de confiança”, mas há algum ‘trabalho de casa’ que pode ser feito. Estão neste quadro: a avaliação da situação atual; tornar a confiança parte da cultura organizacional; e elevar o papel da confiança na estratégia global.
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