Diplomatas e ministros da Arménia e do Azerbaijão chegaram esta sexta-feira a Genebra para reiniciarem conversações com vista a resolverem o conflito que deflagrou há mais de um mês na região de Nagorno-Karabakh, onde já se contam várias centenas de mortos. As delegações dos dois países em conflito reuniram com enviados da França, Rússia e Estados Unidos, o grupo de Minsk (da responsabilidade da OSCE).
Os ministros das Relações Exteriores da Arménia e do Azerbaijão confirmaram que seus respetivos gabinetes estão em Genebra, enquanto grupos de direitos humanos pediram a suspensão imediata do uso de armas proibidas depois de confirmarem a sua utilização num ataque à cidade azeri de Barda.
Os piores combates no sul do Cáucaso em mais de 25 anos de conflito ora latente ora real levantaram temores de uma guerra mais ampla que poderia sugar a Rússia e a Turquia para o cenário dos combates. A guerra representa também, recorde-se, uma ameaça para os oleodutos que transportam petróleo e gás do Azerbaijão para os mercados europeus.
O presidente russo, Vladimir Putin, disse feira que a Turquia, que exigiu um papel de relevo nas negociações, deve estar entre os países envolvidos no fim do conflito. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que as tropas de paz entrariam na zona de conflito apenas depois de um acordo entre a Arménia e o Azerbaijão ser formalmente assinado.
Nagorno-Karabakh é internacionalmente reconhecido como parte do Azerbaijão, mas é povoado e controlado por arménios. A Armênia, como o Azerbaijão, considera o território como parte de sua pátria histórica (a grande Arménia) e diz que a população precisa da sua proteção. O Azerbaijão rejeita qualquer solução que deixe os arménios no controlo do enclave.
Três cessar-fogo não conseguiram deter os últimos combates, o mais recente negociado em Washington no último domingo pelo secretário de Estado americano Mike Pompeo, e o primeiro dirigido pelo ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, que chegou a juntar o inistro das Relações Exteriores da Arménia, Zohrab Mnatsakanian, com o seu homólogp do Azerbaijão, Jeyhun Bayramov (em Moscovo, a 9 de outubro passado).
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