Disney paga 8,6 mil milhões e assume controlo total da Hulu

A Disney anunciou a compra dos 33% que faltavam para se tornar acionista maioritária da plataforma de streaming Hulu, numa aquisição para a qual desembolsou 8,61 mil milhões de dólares para a Comcast Corp. Desta forma, a empresa adquiriu o controlo total da Hulu, uma empresa avaliada em 27,5 mil milhões de dólares.

A operação vem no seguimento da compra que a Disney realizou, em 2019, à 21st Century Fox e que permitiu adquirir dois terços da Hulu por 71 mil milhões de dólares. O acordo desta compra especificava que a Comcast poderia exigir que a Disney assumisse a sua parte do negócio, tendo a empresa exercido esse direito.

No total, a empresa pagou 79,6 mil milhões de dólares pela plataforma concorrente.

A empresa considera que esta aquisição vai servir para “promover os objetivos de streaming da Disney”, com o processo a ser concluído no próximo ano civil. Assim, a Disney passa a contar com os quase 50 milhões de assinantes que a Hulu tem nos Estados Unidos.

Importa lembrar que a Disney+ já vende a Hulu como parte do seu pacote de streaming. Por exemplo, em Portugal, a Disney+ tem no seu catálogo programas como Kardashians e High Fidelity.

Disney perde no streaming

A empresa registou um prejuízo de 659 milhões de dólares no segmento do streaming, num avanço que não foi satisfatório para os investidores. Ainda assim, foi um número no ‘vermelho’ inferior aos 850,3 milhões de dólares negativos que os analistas previam, e ainda menos de metade que há dois trimestres.

O terceiro trimestre reportou ainda uma quebra nas assinaturas pagas do Disney+, numa altura em que a empresa anunciou uma assinatura suportada com anúncios a estrear em dezembro. Isto significa um aumento do preço da versão base.

As assinaturas pagas do Disney+ caíram pelo segundo trimestre consecutivo, tendo ficado em 157,8 milhões, sendo que os analistas esperavam 163,1 milhões de assinaturas.

A receita total da empresa, segundo Bob Iger, aumentou devido ao desempenho dos parques temáticos, enquanto o Disney+ pesou nas contas do terceiro trimestre.