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Disney vai aumentar preços e terminar com contas partilhadas

A Disney segue o exemplo das concorrentes Netflix e Amazon Prime, que também optaram por bloquear a partilha de contas fora da mesma habitação. Adotando o ‘streamflation’, a Disney+ vai aumentar preços nos mercados. Para já não existem informações para o mercado português.
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15 – Disney
8 Agosto 2024, 19h00

A Walt Disney vai terminar com a partilha de contas na Disney+, revelou o CEO Bob Iger, esta quarta-feira depois de apresentar os resultados da empresa. O fim da partilha de palavras-passe vai iniciar-se em setembro e a empresa vai também proceder ao aumento do preço das subscrições de todos os canais em streaming.

Em fevereiro, a plataforma de streaming já tinha anunciado que iria terminar com a partilha de contas, sendo que vai avançar com a medida no seu novo ano fiscal. Esta solução já tinha sido implementada pela Netflix em junho passado e depois pela Amazon Prime, quando lançaram subscrições de partilha paga em alguns países.

Assim sendo, a empresa está focada em aumentar a sua receita, isto depois do segmento de streaming ter apresentado lucro pela primeira vez, um trimestre antes das suas previsões. Apesar de não terem sido avançados valores para o custo destas contas, a empresa adiantou que vai ainda proceder a um aumento do preçário.

Relativamente ao fim das contas partilhadas, o CEO Bob Iger afirmou que “não tivemos nenhuma reação negativa às notificações que foram enviadas e ao trabalho que já estamos a fazer”. Por isso mesmo, a responsável pelo rato Mickey vai avançar com o plano.

A Netflix foi das primeiras plataformas de streaming a avançar com uma nova tarifa para as contas partilhadas, iniciando-o no ano passado, ao cobrar uma taxa extra de 7,99 dólares por mês para adicionar outras pessoas à conta principal.

Além do fim das contas partilhas, surge, no início do ano fiscal, em outubro, o aumento dos preços das três plataformas de streaming: Disney+, Hulu e ESPN+. Este fenómeno de aumento de preços, que se estende um pouco por todas as plataformas, ficou conhecido no mercado como streamflation.

Abordando os preços no mercado norte-americano, a Walt Disney vai aumentar o preço da Disney+ com anúncios em dois dólares para 9,99 dólares, a Disney+ Premium vai crescer para 15,99 dólares (mais dois dólares), a Hulu com anúncios passa também para os 9,99 dólares mensais e a conta sem anúncios para 18,99 dólares (acréscimo de um dólar).

Contudo, há novidades para os assinantes dos Estados Unidos. É que estes subscritores vão ter canais com transmissão em contínuo, entre as quais a ABC News Live, e os assinantes premium têm acesso a canais que têm alguns conteúdos exclusivos, como documentários ou filmes de ação.

Na passada quarta-feira, a empresa apresentou os seus resultados, com um lucro 2,8 milhões de dólares no seu terceiro trimestre fiscal. No mesmo trimestre de 2023, a companhia tinha apresentado prejuízos, sendo que os resultados entre abril e junho foram impulsionados pelo crescimento das assinaturas no streaming.

A Walt Disney revelou que os subscritores da Disney+ cresceram 1% para 118,3 milhões, sendo que os assinantes da Hulu cresceram até aos 51,1 milhões. O segmento do entretenimento de streaming verificou lucro na ordem dos 47 milhões de dólares entre abril e junho.

Disney vai sofrer aumentos em Portugal?

O Jornal Económico sabe que, para já, não existem informação de aumentos no mercado português, com a única informação disponibilizada a ser dirigida ao mercado norte-americano.

A subscrição mensal da Disney+ em Portugal, que apresenta centenas de conteúdos da Disney, Pixar, Marvel e Nacional Geographic, tem um custo de 10,99 euros por mês. A subscrição anual, que por vezes apresenta um desconto a um preço de 10 meses, está atualmente a custar 109,90 euros.

Lembrar que a plataforma de streaming da Disney chegou a Portugal em setembro de 2020, beneficiando de um acréscimo instantâneo de assinantes por conta da pandemia. A Disney+ estreou-se em território português com uma subscrição de 6,99 euros mensais ou 69,99 euros anuais.

A plataforma tem aumentado os preços na ordem dos dois euros. A primeira vez que um aumento aconteceu foi em 2021, aquando da entrada dos conteúdos Star, tendo sofrido novo aumento no verão de 2023, quando se fixou nos 10,99 euros.

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