A gestão e promoção de um ambiente de trabalho diverso é ainda um desafio para muitas empresas. Contudo, nunca foi tão necessário o reforço da diversidade, equidade, inclusão e o sentido de pertença dentro das organizações, locais de trabalho e comunidades.

É fulcral que as empresas se preocupem cada vez mais com estas questões, dada a importância de incentivar as pessoas a serem elas próprias, sem constrangimentos, abrindo assim espaço para libertar todo o seu potencial. Porque, na atual guerra pelo talento, as empresas mais fortes serão também as mais diversas e inclusivas.

Por este motivo, impõe-se a seguinte questão: como promover uma cultura de respeito e pertença para com colaboradores LGBTQI+? As lideranças têm a responsabilidade de ser veículos de mudança e progresso social.

Isto significa pôr em prática medidas e políticas que, de forma ativa e consciente, permitam a construção de locais de trabalho diversos e inclusivos, com uma aposta clara no valor do talento para prevenir a discriminação. Para que todos possamos seguir para um caminho mais igualitário e justo, é preciso recordar o poder que as palavras têm, na valorização e desvalorização de um colaborador, e assegurar que o discurso é cuidado para que as pessoas se sintam incluídas nas equipas.

Para avançar no sentido da criação de ambientes de trabalho mais inclusivos há, aliás, um conjunto de ações que as empresas podem adotar. Desde envolveram-se com a comunidade LGBTQI+ e construir uma rede de apoio aos colaboradores LGBTQI+, à aposta na formação sobre a estratégia DEIB da empresa, como forma de assegurar que todos estão familiarizados com as políticas da empresa, empatizam e reconhecem outros pontos de vista.

É importante criar uma cultura de inclusão consciente, estabelecendo metas e acompanhando o seu progresso, mas também saber ouvir, e aprender com os erros ao longo do caminho.

A adesão a este tipo estratégias é fundamental não só para uma contribuição positiva para a mudança social, como também para uma construção sólida de locais de trabalho diversos e inclusivos, tendo em vista a contratação do melhor talento, com base nas suas competências e capacidades, sem discriminação.

No fundo, a forma como cada organização apresenta os seus valores no ambiente de trabalho pode ser um forte fator de atração e retenção de talento, já que as novas gerações estão cada vez mais sensíveis às políticas de integração, sustentabilidade e transparência. A derradeira questão é: será que as empresas irão finalmente dar o passo de fazer das diferenças as suas maiores vantagens competitivas?