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Dona da Nowo/Oni fechou 2019 com lucro de 93 milhões de euros

O grupo Másmóvil é dona da telecom portuguesa Nowo/Oni (unidas numa única operação desde novembro de 2018) desde agosto de 2019. A Másmóvil fechou 2019 com com 8,9 milhões de clientes, mais 15% do que em 2018.
28 Fevereiro 2020, 17h40

O resultado liquido da empresa de telecomunicações espanhola MásMóvil, dona da portuguesa Nowo/Oni cresceu 32%, para 93 milhões de euros, em 2019, de acordo com o veiculado pela Comissão Nacional do Mercado de Valores Mobiliários de Espanha (CNMV, sigla espanhola), esta sexta-feira, 28 de fevereiro.

Apesar do crescimento, as despesas financeiras (sem efeito caixa), que ascenderam aos 108 milhões de euros no segundo trimestre de 2019, travaram o aumento do lucro. A contribuir para o crescimento do lucro esteve também uma operação com a Macquarie no quarto trimestre, no montante de 144 milhões de euros.

O grupo MásMóvil registou uma receita total de 1.681 milhões de euros em 2019, um valor que corresponde a crescimento de 16% face a 2018. A receita dos serviços cresceu 24%, para 1.462 milhões de euros. Já o EBITDA avançou 42%, para 468 milhões de euros.

A empresa justificou os resultados com o crescimento da sua base total de clientes e com a incorporação de cerca de 1,4 milhões de clientes entre a banda larga móvel pós-paga e a clientes do serviço móvel. A MasMovil encerrou 2019 com 8,9 milhões de clientes, mais 15% do que em 2018, dos quais cerca de 7,4 milhões são do serviço móvel e 1,5 milhão do serviço de banda larga fixa (em cinco marcas diferentes: Yoigo, MasMovil, Pepephone, Llamaya e Lebara).

O grupo Másmóvil é dona da telecom portuguesa Nowo/Oni (unidas numa única operação desde novembro de 2018) desde agosto de 2019, depois de receber autorização da Autoridade da Concorrência (AdC). A operação foi possível depois do grupo de telecomunicações espanhol ter adquirido a Cabonitel (grupo que detinha a Nowo e a Oni).

“A operação de concentração projetada consiste na aquisição de controlo conjunto pela Másmovil Ibercom, S.A. e GAE Inversión, S.C.R da Cabonitel, S.A. e, indirectamente, das filiais directa ou indirectamente detidas por esta, nomeadamente a Nowo Communications, S.A. e a Onitelecom – Infocomunicações, S.A.,  à Cabolink, S.à rl”, declarou então a AdC.

Para que a operação fosse bem-sucedida, a Másmovil criou a GAEA, que é detida pela Inveready (holding do grupo Másmovil). Por sua vez, apesar de pertencer ao grupo espanhol, a Nowo/Oni é participada da GAEA e gerida pela Inveready. A Inveready é um acionista histórico do grupo Másmovil.

A Nowo e a Oni tem na sua génese a Cabonitel. A Cabonitel, detém 100% do capital da portuguesa Nowo, que por sua vez, detém o total de capital da Oni (comprada aos franceses APAX, que tinham comprado em 2015 à Altice os ativos, pelos fundos KKR em 2018). Por sua a vez, a Cabolink, refira-se, é detida por fundos geridos pela KKR.

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