[weglot_switcher]

Dona da Ray-Ban aumenta receitas em 9,4% para 6,11 mil milhões de euros

O grupo indica que o mercado EMEA (Europa, Médio Oriente e África) revelou ser a região com a melhor performance no último trimestre, à medida que as vendas cresceram em França, Itália, Espanha, Reino Unido e na Escandinávia.
23 Fevereiro 2023, 10h41

O grupo EssilorLuxottica, mais conhecido por deter marcas como a Ray-Ban e a Varilux, viu as receitas aumentarem em 2022, com as mesmas a crescerem 9,4% no ano passado para 6,11 mil milhões de euros.

No exercício fiscal de 2022, a dona da Ray-Ban apresentou vendas de 24,5 mil milhões de euros, um aumento de 13,9% quando comparado com o ano de 2021. As perspectivas dos analistas da FactSet para as vendas eram superiores às apresentadas, com os especialistas a preverem vendas na ordem dos 24,62 mil milhões de euros.

A EssilorLuxottica nota que, no quarto trimestre, o crescimento apresentou uma desaceleração significativa para 3,9%, quando no trimestre anterior tinha crescido 8,2%.

O grupo franco-italiano apresentou um lucro operacional de 4,12 mil milhões de euros, um valor que compara com os 3,47 mil milhões alcançados no ano anterior. Assim, a margem operacional cresceu para 16,8%.

“De vendas recorde de 24,5 mil milhões para inovações revolucionárias de produtos, a EssilorLuxottica cumpriu a promessa de ser uma empresa forte e unificada em 2022”, escreveram Francesco Milleri, presidente e CEO, e Paul du Saillant, CEO adjunto, do grupo. No mesmo comunicado, Milleri e Saillant recordam que Leonardo Del Vecchio, antigo presidente do grupo, “teria orgulho de ver os novos patamares alcançados em todas as geografias e os laços crescentes entre os funcionários e clientes”.

“Em 2022, fortalecemos o modelo de negócios aberto e colaborativo, ao mesmo tempo em que concluímos importantes aquisições, como Walman na América do Norte e Shamir em Israel, e continuamos a investir em produtos oftalmológicos e óculos de qualidade para o benefício de todo o mercado. Ao mesmo tempo, continuamos a mostrar a nossa capacidade única de inovação, através de coleções sustentáveis e da implantação contínua de novos produtos e categorias de lentes”, notam.

Os dois administradores notam que os resultados poderiam ser melhores mas que a empresa cresceu num ano desafiante, ainda afetado pelas restrições de Covid-19 sentidas no mercado chinês.

O grupo indica que o mercado EMEA (Europa, Médio Oriente e África) revelou ser a região com a melhor performance no último trimestre, à medida que as vendas cresceram em França, Itália, Espanha, Reino Unido e na Escandinávia. Este mercado atingiu vendas de 8,75 mil milhões de euros, num crescimento de 11,2% face ao ano anterior. No quarto trimestre, a EMEA registou receitas de 2,086 milhões de euros, um aumento de 6,2%.

O mercado asiático registou as piores vendas desde que o grupo começou as vendas na Ásia-Pacífico. Foram registadas vendas de 2,84 mil milhões de euros, um crescimento de 7,2% em relação a 2021. Só no último trimestre, a Ásia-Pacífico registou 731 milhões de euros em receitas, um aumento de 3,1%.

O mercado norte-americano continuou a liderar as vendas e receitas em termos de valores, uma vez que apresentou fracos crescimentos. No ano fiscal, a América do Norte registou vendas de 11,5 mil milhões de euros, um aumento de 4% face a 2021, enquanto atingiu receitas de 2,9 mil milhões de euros, um crescimento de 2,7%.

O grupo propôs aumentar o dividendo para 3,23 euros por ação, um crescimento de 29% em relação ao ano passado. A reunião de administração vai acontecer em maio e os acionistas podem escolher receber os dividendos em dinheiro ou a emissão de novas ações.

Além dos resultados positivos, a empresa franco-italiana nota o crescimento do número de trabalhadores nos mercados onde opera. Nos 85 países, o grupo dispõe agora de 72 mil funcionários, um valor acima dos 67 mil de 2021 e 63 mil de 2020.

No mesmo comunicado, a empresa nomeou Jean-Luc Biamonti como presidente, um anúncio que já tinha sido feito em junho de 2022 e que se torna agora oficial. Biamonti deixou de ser diretor-geral da Monte-Carlo Société das Bains de Mer em janeiro deste ano, já com o intuito de liderar o grupo.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.