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Dona da SIC tomba 4% em bolsa depois da saída de Cristina Ferreira para a TVI

Rescisão unilateral de contrato com a SIC por parte de Cristina Ferreira, que vai regressar à TVI, empresa detida pela Media Capital, está a penalizar o grupo de media liderado por Francisco Pedro Balsemão.
20 Julho 2020, 10h36

Depois da decisão “abrupta e surpreendente” de Cristina Ferreira, principal rosto das manhãs da SIC, de abandonar a estação de Paço d’Arcos, na sexta-feira, a Impresa, empresa que detém a SIC, iniciou a sessão bolsista desta segunda-feira a tombar 4,01%, para 0,135 euros.

Neste momento, a Impresa recua 3,65% para 0,1320 euros. Na sexta-feira, a dona da SIC tinha fechado a sessão a cotar 0,1370 euros.

A rescisão unilateral de contrato por parte de Cristina Ferreira, que vai regressar à TVI, empresa detida pela Media Capital, está assim a penalizar o grupo de media liderado por Francisco Pedro Balsemão.

A Media Capital anunciou na sexta-feira o regresso da apresentadora Cristina Ferreira depois de dois anos na SIC. “Cristina Ferreira regressa à TVI como diretora de Entretenimento e Ficção, tendo já manifestado a sua intenção de compra de participação na Media Capital, com o intuito de vir a tornar-se também acionista do canal televisivo”, segundo o comunicado da dona da TVI.

Na tarde de sexta-feira, a SIC reagiu à saída de Cristina Ferreira, dizendo que foi “unilateral”, “abrupta” e “surpreendente”.

Mais tarde, na noite de sexta-feira, o Expresso noticiou que a Impresa pode vir a exigir o pagamento de, pelo menos, quatro milhões de euros pela saída da apresentadora antes do fim do seu contrato, em 2022. Dois milhões correspondem ao valor de salário dos dois anos de contrato em vigor, e mais dois milhões relacionados com outros custos, como contratos com produtoras e acordos feitos com marcas.

O “Correio da Manhã” noticiou no sábado que a apresentadora vai ganhar cerca de três milhões de euros por ano na TVI, 2,6 milhões de salário base e 400 mil em contrapartidas publicitárias. Além do cargo de diretora, Cristina Ferreira poderá tornar-se administradora não executiva da TVI, com uma participação de 1% a 2% da Media Capital.

No mesmo dia, a Media Capital confirmou à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) que “Cristina Ferreira manifestou junto do acionista Prisa a intenção de adquirir uma participação no capital social da sociedade”, sem no entanto avançar de quanto poderá ser esta participação.

“Um dia alguém me disse que a casa mãe precisava de mim. Olhei e percebi que fazia lá falta”, assim explicou Cristina Ferreira, no sábado, a sua decisão de abandonar a SIC para regressar à TVI.

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