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Donald Trump ameaça utilizar Exército para terminar protestos

“Vou enviar milhares e milhares de soldados fortemente armados, militares e agentes da lei para impedir os tumultos, vandalismos, agressões e a destruição arbitrária de propriedades”, referiu Trump.
2 Junho 2020, 10h52

O presidente norte-americano, Donald Trump, ameaçou utilizar o Exército para terminar as manifestações que têm acontecido em todo o país devido à morte de George Floyd, um cidadão afro-americano que morreu quando estava sob custódia da polícia de Minneapolis, avança a ‘BBC’.

Trump afirmou que as cidades e, consequentemente, os governadores dos Estados norte-americanos falharam em controlar os protestos e “defender os residentes”. Ao enviar o Exército para os maiores focos de protestos, que se espalharam pelo país, o presidente dos Estados Unidos promete “resolver rapidamente o problema por eles”.

O presidente norte-americano foi mais longe e garantiu que todos os americanos têm o direito de estar “revoltados com a morte brutal de George Floyd” mas que isso não significa que a sua memória possa desaparecer com uma “multidão furiosa” e descreveu os atos como uma “desgraça total”.

“Vou enviar milhares e milhares de soldados fortemente armados, militares e agentes da lei para impedir os tumultos, vandalismos, agressões e a destruição arbitrária de propriedades”, referiu Trump antes de culpar o grupo anti-fascista Antifa pelas manifestações.

Segundo a ‘BBC’, Donald Trump prometeu enviar a Guarda Nacional e as forças militares em reserva “em número suficiente para dominar as ruas”, sendo que até à data já terão sido enviados perto de 16 mil soldados para terminar com os tumultos.

Ao enviar o Exército para as cidades mais afetadas pelas manifestações, Trump pretende declarar que “as organizações de terror [manifestantes] vão enfrentar severas penalidades criminais”.

Alegadamente, a morte de Floyd aconteceu depois de este ter tentado comprar tabaco com uma nota falsa. O polícia Derek Chauvin, que se vê no vídeo que circulou nas redes sociais, manteve-se em cima do pescoço de Floyd, mesmo após este afirmar que não conseguia respirar e está agora acusado de homicídio em terceiro grau. Os outros três polícias envolvidos foram suspensos após o vídeo ser conhecido.

Até à data, os tumultos causaram a morte a dois manifestantes em Chicago e quatro polícias foram alvejados durante os protestos do movimento ‘Black Lives Matter’. Devido aos protestos, muitas cidades impuseram um regime de recolher obrigatório.

Casa Branca esconde Trump em bunker

Na sexta-feira, 29 de maio, os protestos intensificaram-se à porta da Casa Branca e os seguranças presidenciais levaram Donald Trump para um bunker durante uma hora, para assegurar a sua segurança. Também a primeira dama, Melania Trump e o filho mais novo do casal, foram levados para o mesmo bunker. 

Todos os funcionários que foram trabalhar esta segunda-feira, 1 de junho, tiveram de esconder os seus cartões de identificação e de entrada do serviço, de forma a evitar que fossem roubados pelos manifestantes. Segundo a ‘CNN’, a ordem veio diretamente dos Serviços Secretos.

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