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Dow Jones tomba 10% no seu pior dia desde 1987

Wall Street encerrou a sessão desta quinta-feira em terreno negativo, mesmo depois de a Reserva Federal norte-americana ter anunciado que iria injetar 1,5 biliões de dólares na economia.
Reuters
12 Março 2020, 20h33

Wall Street deu um ‘trambolhão’ de mais de 9% no fecho da sessão desta quinta-feira. O Dow Jones encerrou as negociações com menos 2.352,60 pontos (ou 9,99%), para os 21.200.62 pontos, naquela que foi a pior queda desde a segunda-feira negra de 1987, quando este índice industrial afundou mais de 22%.

O aumento no número de casos do novo coronavírus (Covid-19) ‘abafou’ o facto de a Reserva Federal (Fed) ter anunciado que iria injetar 1,5 biliões de dólares (cerca de 1,3 biliões de euros) na economia, que não chegou para acalmar os investidores. A Fed vai disponibilizar 500 mil milhões de dólares (aproximadamente 447 mil milhões de euros) no financiamento a três meses e uma nova tranche desse valor todas as semanas até 13 de abril de 2020.

“Pela segunda vez esta semana, a negociação foi suspensa por 15 minutos após o S&P ter registado uma perda de 7%. A pesar sobre o sentimento do mercado estavam as contínuas evidências do alastramento do vírus nos EUA e a ausência de detalhes sobre os planos de apoio à economia”, referem os analistas do CaixaBank/BPI Research.

Entre os restantes índices da bolsa de Nova Iorque, o financeiro S&P 500 caiu 9,92%, para os 2.469,38 pontos e o tecnológico Nasdaq perdeu 9,43%, para os 7.201,80 pontos. Por sua vez, o Russel 2000 ficou marcado por uma desvalorização de 11,83%, para os 1.113,35 pontos.

Ramiro Loureiro, trader do Millennium bcp, diz que o facto de a Organização Mundial da Saúde ter declarado o Covid-19 como uma pandemia e de ter sido ordenada a suspensão de voos dos Estados Unidos da América (EUA) para a Europa durante 30 dias gerou pressão nos mercados – quer europeus quer norte-americanos.

“Adicionalmente, Donald Trump afirmou que instituirá um comité de apoio a pequenas empresas para fornecer capital e liquidez. Tal como já tinha sido noticiado, o presidente norte-americano solicitará ao Congresso uma ação legislativa para fornecer isenção de impostos no salário”, explica o mesmo analista, numa nota de mercado enviada hoje.

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