França e Itália estão em guerra aberta. O primeiro-ministro francês François Bayrou avisou que uma eventual subida dos impostos sobre grandes fortunas vai acelerar o “nomadismo fiscal” e acusou Itália de praticar uma “política de dumping fiscal”.
A resposta do Governo italiano não tardou. Horas depois, o executivo de Giorgia Meloni publicou um comunicado em que se revelou surpreendido pelas “afirmações completamente infundadas do primeiro-ministro francês”.
“A economia italiana é atrativa e tem um melhor rendimento do que outras graças à estabilidade e credibilidade da nossa nação. Itália não implementa políticas de incentivos fiscais injustificados”, acrescentou, citado pelo “El Economista”.
Desde 2016 que a Itália pratica um regime fiscal especial para os estrangeiros que passam a residir no país. A medida do Governo de Matteo Renzi, do Partido Democrático de centro-esquerda, oferece a possibilidade de pagar uma taxa anual de 100 mil euros, mais 25 mil euros por cada familiar, durante um máximo de 15 anos, com o fisco italiano a não tributar as rendas e o património fora do país.
Em 2024, o Governo de Meloni aumentou a taxa para 200 mil euros por ano para evitar acusações de concorrência desleal.
O país também conta com benefícios fiscais para profissionais qualificados que instalam-se no país, italianos ou estrangeiros, que reduz em 50% a tributação do seu rendimento durante 5 anos.
Este ano, o país deverá receber 3.600 pessoas com património elevado, do total de 142 mil milionários que vão mudar de país em todo o mundo. O país fica apenas atrás dos Emirados Árabes Unidos (mais de 9.800) e dos Estados Unidos (7.800), segundo o “Henley Private Wealth Migration Report 2025”.
Já países como França, Espanha ou Alemanha vão perder milionários, com Portugal e Grécia, a par de Itália a ganharem mais.
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