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Dyson contrata executivo da Aston Martin e aumenta especulação sobre elétrico

A Dyson contratou David Wyer, diretor de compras da Aston Martin. Esta é a segunda contratação que a marca faz de um quadro da Aston Martin e segue-se à contratação de Ricardo Reyes, da Tesla, em janeiro. Estas movimentações fazem aumentar a especulação acerca dos planos que o fabricante de eletrodomésticos tem para o desenvolvimento de um veículo elétrico.
22 Agosto 2017, 12h13

O fabricante de eletrodomésticos Dyson acaba de contratar o seu segundo quadro superior da Aston Martin em menos de um ano, aumentando assim a especulação acerca da possibilidade de a Dyson estar a desenvolver um veículo elétrico. Depois de 22 anos no fabricante britânico, o diretor de compras da Aston Martin, David Wyer, passará a desempenhar funções semelhantes, mas nas instalações de Malmesbury da também britânica Dyson, de acordo com o que anunciou na passada segunda-feira no LinkedIn. Wyer junta-se, assim, a Ian Minards, ex-diretor de desenvolvimento de produtos da Aston Martin, que em setembro de 2016 se havia também mudado para a Dyson.

À Bloomberg, a Dyson não quis comentar a contratação, referindo em comunicado que “historicamente, recrutamos de um leque variado de empresas, uma vez que estamos a desenvolver uma vasta gama de tecnologias”. A especulação acerca do possível desenvolvimento de um modelo elétrico pela Dyson apoia-se numa outra contratação, de janeiro. Desta feita foi o porta-voz da Tesla, Ricardo Reyes, o visado, que declarou na altura que “nunca se sabe o que a Dyson tem na manga…”

Mas isso não é tudo. Segundo a Bloomberg, um documento governamental datado de março de 2016, a que a agência teve acesso, refere a atribuição de um fundo à Dyson para o desenvolvimento de um “novo veículo elétrico no seu quartel-general de Malmesbury, Wiltshire”. Mais ainda, no passado mês de fevereiro, a Dyson anunciou a criação de novas instalações, com o intuito de expandir o seu programa de pesquisa e desenvolvimento na área das baterias, robótica e inteligência artificial.

Como se tal não bastasse, a empresa, mais conhecida pelos seus aspiradores e secadores de cabelo, comprou uma start-up na área das baterias, a Sakti3, por 76,5 milhões de euros, tendo-se comprometido a gastar cerca de um milhão de euros no desenvolvimento de baterias.

A Dyson tem vindo a contratar vários especialistas em sistemas autónomos e aprendizagem artificial, elementos chave no desenvolvimento de um veículo elétrico, como aconteceu em novembro passado com Andrew Watson, antigo responsável pela aprendizagem artificial na Symantec.

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