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“É incompreensível não haver taxas diferentes de IRC para quem traz valor”

Carlos Penalva e Francisco Quintela, cofundadores da mediadora imobiliária de luxo defendem que a taxa de IRC aplicada às empresas deveria ser feito consoante o valor real que trazem para a economia. O grupo que dirigem cresceu 26% no primeiro semestre e o ticket médio de venda ronda o milhão de euros. “Estamos a vender um conjunto de ativos na ordem dos 50 milhões de euros”, revelam.
9 Agosto 2024, 09h56

Um choque fiscal e mais investimento em estruturas. Os responsáveis da mediadora imobiliária de luxo Quintela e Penalva são claros nas ideias para melhorar o sector imobiliário e não só. Em entrevista ao Jornal Económico (JE), Carlos Penalva e Francisco Quintela analisam ainda o atual momento do segmento de luxo em Portugal, numa altura em que a empresa celebra 20 anos de atividade.

“Para mim o grande handicap de Portugal é que não houve investimento em infraestruturas. Ou seja, foi uma estratégia a nível nacional muito mal conseguida. Espero que haja agora uma inversão nesse sentido porque é fundamental. Outro problema que temos é a parte burocrática. Somos um país muito complexo para qualquer aprovação de projeto. São muitas entidades a opinar sobre o mesmo tema”, refere Carlos Penalva.

No entanto, a situação não deverá melhorar apesar da introdução do novo Simplex Urbanístico. “A questão prática de execução do Simplex não consigo identificá-la. Nem eu, nem a maior parte dos players no mercado e isso faz com que o investimento estrangeiro fuja de Portugal. O investimento estrangeiro foge pela complexidade burocrática e administrativa de qualquer processo. Agora estamos a vender um conjunto de ativos na ordem dos 50 milhões de euros e um dos ativos demorou dez anos a aprovar”, afirma Francisco Quintela.

Os responsáveis mostram-se satisfeitos com os resultados financeiras da mediadora nos primeiros seis meses do ano, onde registaram um aumento homólogo de 26% na faturação. “Fizemos uma aposta efetiva em recursos humanos que consideramos muito válidos para que pelo menos passado um ano começássemos a ter o reverso da medalha, que é começar a faturar mais e a crescer com todos os recursos”, salienta Francisco Quintela.

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