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E-toupeira: PJ descobre crimes combinados por telefone

PJ recuperou os telemóveis e conseguiu reconstruir as conversações. José Silva, funcionário judicial era o ‘amigo 66’ de Paulo Gonçalves na aplicação ‘WhatsApp, que usavam para fugirem a escutas e traficarem informação de processos.
Tiago Petinga/Lusa
7 Setembro 2018, 11h16

A Policía Judiciária descobriu crimes relacionados com o caso e-toupeira, que envolve a Benfica SAD e o assessor jurídico Paulo Gonçalves, através de códigos utilizados na aplicação de mensagens ‘WhatsApp’, segundo avança esta sexta-feira o jornal “Correio da Manhã”.

José Silva, (que está em prisão preventiva desde o arranque do caso, há seis meses) funcionário judicial que alegadamente terá sido corrompido por Paulo Gonçalves, era o ‘amigo66’ na aplicação que ambos usavam para fugirem a escutas e traficarem informação de processos.

Segundo o “CM” o assessor jurídico da SAD benfiquista nem sempre estava de acordo com o que lhe era enviado. “Interessante. Depois de estudar bem cheguei à conclusão que falta algo mais, depois falamos”, terá respondido Paulo Gonçalves, a José Silva, no dia 13 de novembro de 2017.

Na origem desta afirmação estava um processo no qual o presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira era arguido por difamação, e que fazia parte do ‘leque’ de informação que Paulo Gonçalves queria controlar. De acordo com a acusação do Ministério Público, o assessor jurídico agia sempre “reportando” a Luís Filipe Vieira, que conhecia e “aceitava todas as condutas” de Paulo Gonçalves.

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