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Economia e impostos dominam conversas dos portugueses sobre as legislativas

Um estudo da LLYC, que abrangeu mais de 184 mil tweets e notícias de mais de 19 mil perfis, mostra que a Economia e Impostos representam 23,8% da conversa, com picos de interesse em torno dos reembolsos do IRS e alterações no IRC.
Pedro Nuno Santos
José Sena Goulão/Lusa
15 Maio 2025, 07h00

Um estudo da LLYC sobre a conversa social em Portugal nos dois meses que antecedem as eleições antecipadas revelou que os temas relacionados com corrupção e conflitos éticos não fazem parte das principais preocupações dos portugueses.

O tema da Economia e Impostos lidera as discussões, seguido pela Saúde.

A análise, que abrangeu mais de 184 mil tweets e notícias de mais de 19 mil perfis, mostra que a Economia e Impostos representam 23,8% da conversa, com picos de interesse em torno dos reembolsos do IRS e alterações no IRC.

A Saúde, que subiu para o segundo lugar, contabilizou 11,7% das menções, destacando questões como o encerramento de urgências nos hospitais do SNS e a falta de profissionais de saúde.

Os debates entre candidatos não tiveram o mesmo impacto nas redes sociais que em campanhas anteriores. O tema dos Debates e Eventos Políticos ocupou 10,8% da conversa, mas a discussão foi mais dispersa. Embora tenha havido picos durante debates específicos, a conversa manteve-se estável ao longo do período.

Comparando com as eleições anteriores, a análise revelou uma reconfiguração das prioridades no debate público. Temas como Justiça, Defesa Nacional e Migração ganharam destaque, enquanto a Habitação, apesar de ser um tema recorrente na campanha, ocupa apenas o nono lugar nas discussões online.

A corrupção e conflitos éticos, que no ano passado estavam entre os temas mais discutidos, caíram para o 11.º lugar, com apenas 4% das menções, evidenciando uma diminuição da sua centralidade nas preocupações dos cidadãos.

Em contraste, o tema da Justiça, que não era amplamente discutido anteriormente, surge agora em sétimo lugar, impulsionado por questões relacionadas com o sistema prisional.

O estudo, que analisa a conversa social em 18 territórios de interesse, foi realizado entre 14 de março e 9 de maio de 2025, utilizando ferramentas digitais e técnicas de análise de dados para entender melhor as preocupações dos cidadãos.

Além disso, a análise revelou que os partidos de direita têm maior presença e interações nas redes sociais em comparação com os partidos de esquerda. A média de interações dos partidos da direita é de 1.210, em contraste com as 403 da esquerda. Mesmo desconsiderando o Chega, as interações dos partidos de direita ainda superam as da esquerda.

 

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