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Como promover a eficiência energética na Administração Pública

A aposta em medidas de eficiência energética nos edifícios públicos constitui uma oportunidade para a redução dos custos de operação e manutenção e um contributo muito relevante para a melhoria dos indicadores de sustentabilidade ambiental das entidades da Administração Pública.
1 Março 2019, 10h15

Em muitos casos, os projetos de eficiência energética representam poupanças da ordem das dezenas de milhares de euros em períodos de retorno inferiores a 3 anos.

O Programa de Eficiência Energética na Administração Pública (Programa ECO.AP), lançado em 2011, visa promover a eficiência energética nos serviços e organismos da administração direta e indireta do Estado e outras entidades públicas.

Para o efeito, prevê a nomeação, por cada entidade da Administração Pública Central (APC), de um Gestor Local de Energia (GLE), responsável pela dinamização e verificação de medidas para a melhoria da eficiência energética nos edifícios e infraestruturas geridos pela respetiva entidade. O GLE deve também registar-se no Barómetro ECO.AP, uma ferramenta desenvolvida pela ADENE – Agência para a Energia, que coloca à sua disposição para a gestão e monitorização do consumo de energia nos edifícios sob a sua responsabilidade.

Para o financiamento de projetos de eficiência energética, as entidades da APC podem recorrer aos Contratos de Gestão de Eficiência Energética que permitem um investimento sem aumentar a despesa pública, ou a outros instrumentos, designadamente no âmbito do POSEUR, POR e FEE.

Algumas medidas de eficiência energética aplicáveis a edifícios de serviços, em grande medida facilmente implementáveis, são apresentadas de seguida:

Iluminação:

Desligar a iluminação quando os espaços não estão a ser usados;
Utilizar a luz natural sempre que possível;
Manter lâmpadas e luminárias limpas para máxima reflexão da luz;
Substituir lâmpadas por tecnologia LED;
Instalar nas áreas próximas das janelas circuitos independentes e sensores que ajustam os níveis de iluminação;
Instalar sensores de presença ou movimento nos espaços com baixa utilização;
Otimizar a iluminação em áreas de circulação, zonas de estacionamentos e garagens

Climatização:

Manter as janelas e as portas fechadas;
Recorrer a dispositivos de sombreamento para minimizar a incidência de raios solares no espaço climatizado;
Manter os elementos filtrantes limpos;
Manter desimpedida a entrada de ar do condensador;
Em dias frios, desligar o sistema de climatização, mantendo a ventilação
Utilizar, se possível, o controlo de temperatura (termóstato) setorizado por zonas.

Sistemas de Elevação:

Promover campanhas de sensibilização aos colaboradores para preferirem a utilização das escadas em detrimento dos elevadores;
Identificar os serviços com maior movimentação e colocar nos pisos inferiores.

Equipamentos Informáticos:

Desligar o monitor sempre que o computador não estiver em modo standby;
Desligar o computador no horário do almoço e ao final do dia;
Implementar um sistema centralizado de gestão dos equipamentos informáticos que permita desliga-los.

Ações de sensibilização:

Realizar ações de sensibilização aos utilizadores e técnicos das escolas; Promover o conhecimento relativo a ações concretas de utilização racional de energia (ex.: “desligar as luzes das salas de aulas nos intervalos produz uma poupança de “x” EUR”); Promover a responsabilidade individual e coletiva (por exemplo, a divulgação do consumo energético afeto a cada departamento, criará uma forma de os funcionários de cada departamento quererem ser “os melhores” energeticamente).

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