Foi publicada na CMVM a convocatória da Assembleia Geral anual da EDP, que como se sabe é eleitoral, na medida em que tem de levar a votos dos acionistas o Conselho de Administração e outros órgãos sociais da empresa para o próximo triénio 2018-20.
A acionista China Three Gorges convocou a magna reunião, a par com a Oppidum Capital; com o BCP (Fundo de Pensões); a Senfora e a Sonatrach, para o dia 5 de abril, na Avenida 24 de julho, às 15 horas.
O núcleo duro de acionistas propõe António Mexia como presidente executivo (o equivalente ao CEO no modelo monista). Sendo o resto do conselho de administradores executivos composto por João Manso Neto; António Martins da Costa; João Marques da Cruz; Miguel Stilwell de Andrade; Miguel Setas; Rui Teixeira; Maria Pereira; e Vera Pinto Pereira.
Sai assim Nuno Alves e entram duas senhoras para a administração da EDP.
Para administradores não executivos a proposta passa por uma composição de 21 membros do Conselho Geral e de Supervisão. Na liderança está Luís Amado que substitui Eduardo Catroga. Para além dos representantes dos acionistas desfilam nomes como Celeste Cardona, Ilídio Pinho, Jorge Braga de Macedo, Vasco Rocha Vieira, Augusto Mateus, João Carvalho das Neves e António Vitorino (que preside também à mesa da Assembleia Geral), entre outros que vão fazer parte deste órgão social se a proposta passar na Assembleia Geral.
Este órgão composto de notáveis de vários partidos é um órgão que tem teoricamente por função a fiscalização do trabalho dos administradores executivos.
A EDP tem o único modelo de Governo (dualista) onde a administração executiva é eleita directamente em Assembleia Geral, no modelo dualista puro emana do Conselho Geral e de Supervisão. No modelo dualista tradicional o Conselho de Administração Executivo, para além de estar sujeito a um apertado e permanente controlo do Conselho Geral e de Supervisão – este tem o poder de nomear e destituir os próprios administradores.
Outros pontos da ordem de trabalhos são, por exemplo, a política de remuneração dos órgãos sociais.
Fica assim desvendado o mistério da sucessão de António Mexia, que afinal continua à frente da empresa depois de rumores que apontavam para a saída do histórico presidente da EDP.
Para Revisor Oficial de Contas é proposta a PwC em substituição da atual KPMG.
(Atualizada)
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