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EDP anuncia que vai concorrer aos próximos leilões de energia solar em Portugal

Apesar da operação portuguesa ter registado prejuízos pelo segundo ano consecutivo, sob o impacto negativo de 220 milhões de impostos e taxas criados desde 2014, o presidente da EDP garantiu que a elétrica está comprometida com Portugal.
  • Cristina Bernardo
20 Fevereiro 2020, 18h53

A EDP anunciou que vai concorrer aos próximos leilões de energia solar em Portugal. A elétrica concorreu ao primeiro leilão que teve lugar em 2019, e garante que está disposta a ir novamente a jogo.

“Gostava de deixar claro o nosso compromisso com Portugal”, destacou o presidente executivo do grupo EDP esta quinta-feira durante a conferência de imprensa de apresentação dos resultados anuais.

Na energia solar, a companhia está a desenvolver 142 megawatts, fruto do primeiro leilão realizado em 2019. “Iremos concorrer aos próximos leilões”, garantiu António Mexia.

Em termos de energia eólica em terra, a elétrica espera instalar 200 megawatts (MW) em Portugal até 2022.

O gestor também destacou o projeto eólico marítimo Windfloat: “É o maior projeto eólico offshore flutuante a nível mundial. Com turbinas de 8,4 megawatts, a segunda fase já está instalada, falta instalar a terceira”.

António Mexia também destacou a plataforma solar flutuante no Alqueva e no Alto Rabagão.

Em termos de projetos de hidrogénio, a EDP disse estar comprometida com o projeto piloto no Carregado, mas também na “análise do potencial do hidrogénio verde em Sines”.

A EDP anunciou hoje uma quebra de 1% dos lucros para 512 milhões de euros, com os lucros recorrentes a subirem 7% para 854 milhões.

“Foi um ano de boa performance e de boa capacidade de entrega dos compromissos que assumimos. Os resultados só foram possíveis pela aposta que fizemos nas renováveis há mais de uma década, e pela internacionalização da companhia. Os resultados em Portugal foram negativos pelo segundo ano consecutivo”, disse o presidente executivo da EDP.

“Resultados recorde da EDP Renováveis, EDP Brasil. Foco nas renováveis, e na expansão internacional”, destacou António Mexia.

A EDP Renováveis registou uma subida de 52% dos lucros para 475 milhões de euros, enquanto o resultado da EDP Brasil subiu 5% para 1.338 milhões de reais.

A operação em Portugal registou prejuízos pelo segundo ano consecutivo: menos 98 milhões de euros impactados pela imparidade em Sines (-94 milhões), provisão no projeto de barragem do Fridão (-59 milhões) e baixos volumes hídricos .

 

https://jornaleconomico.pt/noticias/lucros-da-edp-descem-1-para-512-milhoes-em-2019-549168

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