O grupo EDP informou esta sexta-feira que lançou mais duas unidades de negócio: uma para explorar o potencial do hidrogénio verde e outra (constituída na EDP Renewables North America) para os sistemas de armazenamento de energia, nomeadamente atingir uma capacidade de 1 GW (gigawatt) em cinco anos.
O novo braço do grupo dedicado aos projetos de hidrogénio verde – designado H2 Business Unit (H2BU) e liderado pela até agora diretora de planeamento energético, Ana Quelhas – servirá para reforçar a integração do hidrogénio verde no portefólio da energética, de forma estratégica e transversal, e promover o investimento nas renováveis.
“O mercado do hidrogénio verde representa um dos eixos de crescimento para a EDP, fruto não só dos objetivos de descarbonização, mas também da redução de custos que se tem verificado, esperando-se que atinja a competitividade no decorrer desta década”, contextualiza a empresa.
A H2BU tem como mercados prioritários os Estados Unidos da América (EUA) e a Europa e vai centrar os seus esforços de desenvolvimento de oportunidades de hidrogénio verde junto de sectores considerados “promissores” pela EDP, entre os quais o da indústria do aço, química, refinarias e cimentos e transportes pesados de longo curso.
Já a unidade de desenvolvimento de tecnologias de armazenamento de energia estará associada à operação da EDP Renováveis nos EUA, de acordo com a informação transmitida à imprensa através de comunicado.
“A crescente penetração de renováveis exige cada vez mais a integração com sistemas de armazenamento, como sejam as baterias, para proporcionar a flexibilidade necessária ao sistema elétrico e assim potenciar o próprio crescimento das renováveis. Adicionalmente, a combinação das renováveis na geração de eletricidade com a eletrificação dos consumos será o caminho mais custo-eficaz para a descarbonização da maior parte dos usos de energia final”, afirma o CEO, nessa nota.
No entanto, Miguel Stilwell de Andrade alerta que se a meta cumprir os objetivos de neutralidade carbónica é preciso “recorrer a outros vetores energéticos, como o hidrogénio verde, para dar resposta aos setores onde a eletricidade não é uma opção tecnicamente viável ou economicamente atrativa.”
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