A EDP prevê arrecadar 4 mil milhões de euros com a venda de participações maioritárias nos seus projetos até 2022. A venda destas participações vai ser feita nos projetos de energia renovável da companhia, com a companhia a prever vender 50% da capacidade total de 7 gigawatts da EDP Renováveis.
A venda vai ter lugar à média de 1,8 gigawatts por ano. A maioria das vendas vai ter lugar no mercado norte-americano (60% das venda totais nos Estados Unidos, Canadá e México). Seguem-se as vendas na Europa (20%), no Brasil (10%) e no resto do mundo (10%).
Além destes quatro mil milhões, a EDP pretende encaixar mais dois mil milhões de euros em Portugal até 2022, principalmente com a venda de ativos ibéricos, como centrais térmicas. Este plano é para ser executado entre 12 a 18 meses.
“Não só temos uma base de ativos de elevada qualidade e muitas opções, mas também um track record forte com 3,2 mil milhões em cristalização de valor em 2017-2018″, disse o presidente executivo da EDP António Mexia esta terça-feira, 12 de março em Londres, durante a apresentação da atualização do plano estratégico da elétrica até 2022.
A empresa liderada por António Mexia divulgou esta segunda-feira uma queda homóloga de 53% para 519 milhões de euros em 2018, com os impostos e os cortes regulatórios em Portugal a pesarem mais de 670 milhões nas contas da elétrica portuguesa.
A apresentação do novo plano estratégico ocorre numa altura em que a EDP, tal como a subsidiária EDP Renováveis, está sob um oferta pública de aquisição (OPA) da China Three Gorges (CTG).
A estatal chinesa, que já detém 23,27% da EDP, tem dito que está a trabalhar com os reguladores nas várias jurisdições para obter as autorizações necessárias antes de registar a OPA em Portugal.
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